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A Casa Branca ajudará a armar os funcionários de escolas dos Estados Unidos

Ataque na Marjory Stoneman Douglas High School, em14 de fevereiro, deixou 17 mortos. (Foto: Reprodução)

O governo de Donald Trump reforçará a ajuda aos estados norte-americanos que queiram armar funcionários de escolas, no âmbito de um plano para aumentar a segurança nos centros de ensino após o assassinato de 17 pessoas em um colégio na Flórida, disseram autoridades nesse domingo.

A ideia polêmica de colocar armas nas escolas, que obteve pouco apoio dos educadores, faz parte de um “plano pragmático para aumentar dramaticamente a segurança escolar e tomar medidas para fazer isso imediatamente”, disse a secretária de Educação, Betsy DeVos, em uma teleconferência com repórteres. Entre outras medidas, DeVos disse que presidirá uma comissão federal sobre segurança escolar.

O presidente Trump também exorta o Congresso a aprovar uma legislação que vai fortalecer as verificações de antecedentes e implementar programas de prevenção da violência. O governo Trump fornecerá assistência técnica aos estados que estejam preparando diretrizes para retirar armas de certos indivíduos, e haverá um foco especial nos cuidados de saúde mental, disse o assistente presidencial Andrew Bremberg, que dirige o Conselho de Políticas Internas.

As medidas chegam em meio a um debate nacional sobre o controle de armas, reacendido por sobreviventes do massacre do mês passado no colégio Marjory Stoneman Douglas, onde 14 estudantes e três funcionários foram abatidos por um homem com um rifle semi-automático.

“O governo trabalhará com os estados para fornecer treinamento rigoroso em armas de fogo para pessoal voluntário e especificamente qualificado das escolas”, disse Bremberg. Lily Eskelsen Garcia, presidente da Associação Nacional de Educação, o maior sindicato de educadores dos Estados Unidos, disse que pais e professores “rejeitam esmagadoramente a ideia de armar os funcionários das escolas”.

Além disso, o governo norte-americano deseja aumentar a idade mínima para comprar certas armas de fogo para 21 anos.

Trump também deve apoiar uma lei bipartidária do Senado que o senador republicano John Cornyn e o senador democrata Chris Murphy apresentaram para melhorar os procedimentos federais para as verificações de antecedentes criminais, disse o porta-voz da Casa Branca, Raj Shah, nesse domingo, no programa This Week, da ABC.

Ataques

Um ataque a tiros em Parkland, na Flórida, no mês passado, renovou o debate norte-americano sobre o controle de armas. Estudantes sobreviventes do tiroteio se mobilizaram para exigir leis de controle de armas mais rigorosas após a morte de 17 pessoas na Marjory Stoneman Douglas High School. Um ex-aluno é acusado de usar um fuzil automático para realizar o massacre.

Durante sua campanha à presidência, Trump apoiou ao porte de armas e foi apoiado pela National Rifle Association, o poderoso lobby pró-armas. Desde o tiroteio, ele deu declarações contraditórias sobre a política de armas, às vezes apelando para novas restrições e outras vezes negando seus comentários.

No sábado, o Departamento de Justiça apresentou formalmente um regulamento para proibir uma modificação nos fuzis de alta capacidade que os permite disparar como uma arma automática, o que não precisaria de aprovação do Congresso.

O atirador Stephen Paddock usou esse mecanismo em um ataque em outubro de 2017 em Las Vegas, que deixou 58 pessoas mortas e mais de 850 feridas.

 

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