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Casa da Mulher Brasileira: governo quer aumentar combate à violência contra a mulher em cidades pequenas

Segundo a ministra, a falta de projetos nessa área é uma violação dos direitos humanos como preconiza a ONU. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O governo federal vai propor um novo modelo do projeto Casa da Mulher Brasileira, centro de atendimento humanizado e especializado no atendimento à mulher em situação de violência doméstica, para atender municípios pequenos. Durante o 2º Congresso Nacional de Prefeitos, em São Paulo, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, destacou: “Estamos trazendo no ministério uma proposta diferente da Casa da Mulher Brasileira. Esse instrumento é poderoso, valioso no enfrentamento da violência contra a mulher”.

As casas reúnem diversos órgãos públicos em um único local, facilitando o atendimento às vítimas de violência. “É um equipamento em que a rede de proteção pode estar concentrada em um único lugar: a delegacia, a defensoria, a promotoria, o trabalho de assistência social, todos em um único lugar para que a mulher não fique andando na cidade procurando”, ressalta a ministra.

Tendo como um dos destaques o custo, Damares disse ainda que o projeto que vem sendo implantado desde 2015 é proibitivo para algumas cidades. “Ele era caríssimo, custava em torno de R$ 13 milhões para o município. Nós estamos apresentando um modelo diferente, a partir de R$ 800 mil. Cidades pequenas do Brasil poderão ter um equipamento como esse”, disse.

Um dos objetivos é, de acordo com a ministra, melhorar o atendimento em regiões de fronteira. “Estamos focando nas cidades de fronteira para que também possamos fazer o enfrentamento ao tráfico de mulheres no Brasil”, enfatizou.

Por fim, Damares explicou que o ministério busca expandir a atuação para populações “invisibilizadas”, que não têm sido atendidas pelas políticas públicas nos últimos anos. “Elas são milhões de mulheres anônimas, vítimas de violência nesta Nação. A gente chegou nas mulheres ribeirinhas e percebeu que políticas públicas não estavam chegando a elas”.

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