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Casa na Zona Norte de Porto Alegre tem maior apreensão de ecstasy da história da Polícia Civil gaúcha

Quadrilha era alvo de investigação há mais de dois meses. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Após mais de dois meses de monitoramento, o Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) realizou na Zona Norte de Porto Alegre a maior apreensão de ecstasy da história da Polícia Civil no Rio Grande do Sul: 17,2 mil comprimidos da droga sintética, 3.300 cápsulas para embalagem, 25 porções de MDMA (composto principal) e outros produtos químicos, além de equipamentos de laboratório.

O entorpecente era vendido por um grupo criminoso que utilizava uma casa na região para armazenar e distribuir o material. O prejuízo causado à quadrilha é estimado a quase R$ 2 milhões, pois cada unidade era vendida entre R$ 50 e R$ 100.

Alguns envolvidos haviam sido presos nas últimas semanas. Com uma nova captura, tendo como alvo desta vez um integrante do esquema durante entrega dos comprimidos a bordo de uma motocicleta, a equipe de policiais se deslocou até um ponto que já era investigado.

“Tem sido constatado um aumento significativo na circulação desse tipo de droga na Região Metropolitana, não estando mais a venda restrita a festas e outros eventos”, detalhou a corporação. “Isso acabou também reforçando a suspeita de utilização de algum local onde o material pudesse estar sendo produzido. A investigação prossegue, a fim de identificar outras pessoas envolvidas.

Com a palavra…

O Chefe da Polícia Civil, Fernando Sodré, enalteceu o resultado da ofensiva: “Essa apreensão recorde foi realizada após uma sequência de outros trabalhos de excelência, com investigação criminal qualificada e diversas apreensões, enaltecendo o trabalho da corporação e a dedicação dos nossos delegados, policiais e agentes para proteger a sociedade”.

Já o titular da 3ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (DIN, responsável direta pela operação), delegado Gabriel Borges, detalhou que o ecstasy vendido no Rio Grande do Sul historicamente vinha sendo produzido em Santa Catarina. Mas as investigações mostraram que havia produção em larga escala da droga na Região Metropolitana de Porto Alegre”.

Borges ainda destacou que o Denarc cumpriu o seu papel: “Retiramos uma grande quantidade de entorpecentes das mãos do crime organizado, a partir de investigações qualificadas.”

A operação faz parte de uma estratégia da corporação em intensificar a presença do Estado em áreas conflagradas pelo tráfico de drogas, descapitalizar organizações e responsabilizar criminalmente os líderes desse tipo de crime.

O diretor-geral do Denarc, Carlos Wendt, acrescentou que o foco do departamento tem sido a apreensão de drogas sintéticas, o que já levou à retirada de dezenas de milhares de comprimidos de ecstasy das ruas nos últimos anos.

(Marcello Campos)

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