Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de novembro de 2024
A casa usada pelo homem que morreu após explosões em frente ao Supremo Tribunal (STF) era alugada por ele desde o ano passado, disse a dona do imóvel na tarde desta quinta-feira (14). O imóvel fica em Ceilândia — a 30 km da Praça dos Três Poderes — e ficou destruída após a detonação de explosivos que estavam guardados no local.
Uma conversa pelo WhatsApp entre Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, de 59 anos, e a dona da casa mostra ele pedindo a chave PIX da mulher, em maio de 2023, para depositar o valor do aluguel, de R$ 400.
De acordo a mulher, Francisco alugou a casa, mas voltou para Santa Catarina por causa de uma enchente, ainda no ano passado.
“Ficou alguns meses lá, e voltou em julho desse ano. Mas durante todo esse ano ele continuou pagando aluguel”, diz a dona do imóvel.
Explosivos desativados
Nessa quinta-feira (14), a Polícia Militar desativou explosivos na casa alugada por Francisco Wanderley Luiz, em Ceilândia. Nas imagens, é possível ver móveis quebrados, como uma mesa e armários.
Um fogão também aparece quebrado, assim como a pia. Parte do forro do teto desabou. No chão, uma maleta guardava o que parece ser um explosivo.
Segundo o porta-voz da PMDF, Raphael Van Der Broocke, foram encontrados artefatos explosivos na casa do mesmo tipo dos usados em frente ao STF.
Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o material guardado em uma gaveta provocou uma “explosão gravíssima” quando ela foi aberta por um robô antibombas da corporação. Ninguém foi ferido pelo artefato.
Em um espelho no banheiro da casa foi escrito com batom o nome de Débora Rodrigues, mulher que pichou a estátua da Justiça durante os ataques do dia 8 de janeiro de 2023. “Por favor, não desperdice batom! Isso é para deixar as mulheres bonitas. Estátua de merda se usa TNT”, diz a mensagem.
A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar as duas explosões. O caso é investigado como ato terrorista, segundo informou o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues.
O homem tinha residência fixa em Rio do Sul, em Santa Catarina, onde se candidatou a vereador pelo PL em 2020. Ele saiu da cidade natal no dia 26 de julho e chegou em Brasília um dia depois. A Inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) identificou que o veículo continuou circulando em Brasília desde então — prioritariamente nas cidades de Ceilândia e Taguatinga.
Segundo o irmão de Francisco, Rogério Luiz, ele era solteiro, atuava como chaveiro e tinha dois filhos, de 37 e 38 anos, do primeiro relacionamento. As informações são do portal de notícias G1.