Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 10 de junho de 2021
Foram cumpridos 52 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão
Foto: Polícia Civil/DivulgaçãoA Polícia Civil prendeu em flagrante um casal de servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Viamão (Região Metropolitana de Porto Alegre) por suspeita de desviar vacinas de coronavírus para venda clandestina. Na residência dos suspeitos havia um frasco de Coronavac com o conteúdo pela metade, além de seringas e outros insumos médicos retirados do acervo municipal do Sistema Único de Saúde (SUS).
Também foram encontrados medicamentos com princípio ativo classificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como causadores de dependência física e psíquica. Trata-se de produto igualmente desviado da SMS.
Outro item apreendido foram receituários médicos com timbres de diferentes instituições de saúde, em branco e inclusive para medicamentos controlados, além de dois carimbos com nome e registro de médicos gaúchos. Na residência foram encontrados, ainda, cartuchos de munição.762, de uso restrito das Forças Armadas e policiais.
Os servidores foram presos pelos crimes de peculato, infração de medida sanitária preventiva majorada e tráfico majorado de de drogas. Também foi representado pela decretação da prisão preventiva e afastamento cautelar dos servidores de suas funções públicas.
Segundo a Polícia gaúcha, a investigação teve origem em denúncia formulada pela prefeitura de Viamão e terá curso durante a instrução do inquérito. Também será apurada a origem das munições apreendidas e prática de corrupção ativa por pessoas que tenham pago valores para a aplicação clandestina de imunizante contra a covid.
Drogas
Também em Viamão, a Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (10) a Operação Germanus, com o objetivo de prender uma quadrilha responsável por 70% da venda de drogas no município. Foram cumpridos 52 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão.
As ordens foram cumpridas em Viamão, na Cadeia Pública de Porto Alegre e no Presídio de Charqueadas. Além de 18 prisões, a ofensiva resultou na apreensão de drogas, balança de precisão e celulares.
Também foi apurado que os investigados praticavam, dentre outros crimes, tortura, porte ilegal de arma de fogo e esbulho possessório.
A investigação teve início quando um traficante de menor escalão perdeu certa quantidade de drogas e foi torturado com disparos de arma de fogo e espancamento. Na mesma ocasião, uma moradora teve sua moradia tomada à força pelos traficantes que transformaram o local em ponto de venda de drogas. A ação contou com o efetivo de 132 policiais civis, 33 viaturas e apoio aéreo do helicóptero da Polícia Civil.
(Marcello Campos)
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