Pouco menos de um mês após a tragédia climática que assolou o Vale do Taquari, o governo do Rio Grande do Sul começou a construir as primeiras moradias temporárias para as famílias que perderam suas casas e se encontram em abrigos. Os trabalhos de terraplanagem inciaram na segunda-feira (2) em Arroio do Meio, onde serão construídas 40 residências de passagem.
A área indicada pelo município possui cerca de 8.000 m² e localiza-se no bairro Novo Horizonte. Todas as casas serão totalmente mobiliadas, possibilitando às famílias, segundo o governo, “maior dignidade enquanto aguardam as residências permanentes”. O método construtivo é de casas pré-fabricadas, estimando-se o tempo de 60 dias para que fiquem prontas.
O município de Estrela também já designou uma área para a construção das casas, localizada no bairro Pinheiros. O número de unidades habitacionais dependerá de levantamento topográfico a ser realizado nos próximos dias.
No caso dos dois municípios, os terrenos são de propriedade das prefeituras, excluindo-se a exigência de desapropriação por parte do Estado. A construção de moradias provisórias nas demais cidades atingidas pelos temporais iniciará após a definição da demanda e das áreas que receberão as casas.
O governo informou que a celeridade no processo foi possível graças ao trabalho integrado entre secretarias estaduais e ao apoio da iniciativa privada, por meio de parceria com o Sinduscon-RS (Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul). A entidade doará as unidades habitacionais provisórias em parceria com as empresas do ramo da construção civil a ela associadas.
Durante todo o mês de setembro, a Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária realizou, em conjunto com as prefeituras do Vale do Taquari, um levantamento das áreas com infraestrutura e topografia adequadas e disponíveis para a construção das moradias. Em Arroio do Meio, o local escolhido possui equipamentos públicos e infraestrutura completa para assistir aos beneficiários.
O modelo de casas temporárias foi inspirado nas vilas de passagem erguidas em São Sebastião, no litoral de São Paulo, após uma tragédia climática em fevereiro.