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Geral Caso Marielle: Polícia Federal vai investigar a nomeação de delegado escolhido para chefiar a Polícia do Rio na véspera do crime

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Nesse domingo (24), o delegado Rivaldo Barbosa e outros dois foram presos como supostos mandantes do crime. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A Polícia Federal vai investigar as circunstâncias da indicação do delegado Rivaldo Barbosa para chefiar a Polícia Civil do Rio de Janeiro em março de 2018, afirmou o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. A nomeação foi assinada pelo então interventor federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro, general Braga Netto.

Em nota, o ex-interventor afirmou que as indicações para a Polícia Civil eram realizadas por Richard Nunes, general que foi nomeado por Braga Netto para ser o secretário de Segurança Pública do Rio, pasta que respondia a Braga Netto durante a intervenção.

“A seleção e indicação para nomeações eram feitas, exclusivamente, pelo então Secretário de Segurança Pública, assim como ocorria nas outras secretarias subordinadas ao Gabinete de Intervenção Federal, como a de Defesa Civil e Penitenciária”, diz a nota, sem mencionar o nome de Richard Nunes.

“Por questões burocráticas, o ato administrativo era assinado pelo Interventor Federal que era, efetivamente, o governador na área de segurança pública no RJ”, diz outro trecho da manifestação da defesa de Braga Netto.

Nomeação de Rivaldo

O relatório da Polícia Federal que embasou os pedidos de prisão mostra que a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro desabonou a indicação dele para o cargo.

Mesmo assim, o general Richard Nunes, decidiu nomear Rivaldo. Em depoimento, Nunes afirmou que resolveu desconsiderar a recomendação da Subsecretaria de Inteligência pois a recomendação não se pautava em “dados objetivos”.

A indicação de Barbosa, que assumiu o cargo um dia antes da execução da vereadora, estava a cargo da intervenção federal no Rio de Janeiro – então comandada pelo general Walter Braga Netto.

Braga Netto foi o interventor federal no Rio em 2018, quando a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Torres foram assassinados.

A intervenção começou em fevereiro de 2018, quando Braga Netto foi indicado pelo então presidente Michel Temer.

Barbosa assumiu o posto um dia antes da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes. Nesse domingo (24), Barbosa e outros dois foram presos como supostos mandantes do crime.

Se há muitos anos os nomes dos irmãos Brazão eram citados por quem investiga os mandantes da morte, a prisão do delegado foi uma surpresa até para a família de Marielle.

Segundo delatores, Rivaldo teria garantido aos irmãos Domingos e Francisco Brazão, também presos como supostos mandantes, que as investigações sobre o crime não andariam.

Leia a íntegra da nota divulgada por Braga Netto: “Os advogados da defesa técnica do General Walter Souza Braga Netto esclarecem o seguinte: Durante o período da Intervenção Federal na área de segurança pública no estado do Rio de Janeiro, em 2018, a Polícia Civil era diretamente subordinada à Secretaria de Segurança Pública. A seleção e indicação para nomeações eram feitas, exclusivamente, pelo então Secretário de Segurança Pública, assim como ocorria nas outras secretarias subordinadas ao Gabinete de Intervenção Federal, como a de Defesa Civil e Penitenciária. Por questões burocráticas, o ato administrativo era assinado pelo Interventor Federal que era, efetivamente, o governador na área de segurança pública no RJ.” As informações são do portal de notícias G1.

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