Quinta-feira, 09 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de fevereiro de 2024
São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Rio de Janeiro, apresentaram aumento das internações.
Foto: Cristine Rochol/PMPAA Região Norte do País, que estava há semanas em alerta em função do aumento no número de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à covid-19, teve diminuição no número de casos. Já no Centro-Sul, alguns Estados têm sinal de crescimento. O Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na sexta-feira (16), apresentou algumas alterações no cenário epidemiológico do Brasil.
Referente à Semana Epidemiológica (SE) 6, de 4 a 10 de fevereiro, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 14 de fevereiro.
Os Estados do Norte, que foram os últimos a passar pelo ciclo recente de aumento de SRAG por covid-19, por volta da virada do ano, mostraram um sinal de possível interrupção e até indícios de queda. No entanto, como o período da análise vigente foi o da semana pré-carnaval, eventuais internações que possam vir a ocorrer em decorrência de infecções no período só vão aparecer nas próximas semanas.
“Entre a pessoa desenvolver os primeiros sintomas e surgir um quadro grave o suficiente para necessitar a internação, leva por volta de uma semana ou pouco mais de uma semana. Então, apenas nas próximas semanas poderemos começar a observar possíveis consequências em termos de internações. Por enquanto, ainda é efeito pré-carnaval e início de 2024”, explica o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.
No Centro-Sul do País, alguns Estados apresentaram um início do processo de retomada do aumento das internações associadas à covid-19. São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Rio de Janeiro, mais incipiente, são os destaques. Também no Sul e Sudeste são observadas algumas internações pelo vírus influenza – em volume muito menor do que a covid-19.
Nas últimas oito semanas, a incidência e mortalidade de SRAG mantêm o padrão típico de maior impacto entre crianças pequenas e idosos. A incidência de SRAG por covid-19 continua afetando mais crianças de até 2 anos de idade e a população a partir de 65 anos de idade. A mortalidade da SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com predomínio de covid-19.