Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 22 de setembro de 2023
Estatística divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aponta 5.106 casos conhecidos de dengue em Porto Alegre entre 1º de janeiro e 16 de setembro. O número é superior ao registrado durante todo o ano passado, quando 5.088 habitantes tiveram o contágio confirmado. Já as mortes causadas pela doença chegam a quatro, mesma quantidade de 2022.
Quase 90% dos testes positivos (4.583) foram autóctones, ou seja, contraídos na própria cidade, a maioria em bairros da Zona Leste. Os dados são parciais e sujeitos a revisão pela Vigilância Epidemiológica da SMS.
O mesmo levantamento aponta nestes primeiros nove meses do ano contabiliza 8.527 suspeitas informadas à rede municipal, das quais 7.862 abrangem indivíduos residentes na capital gaúcha. Foram descartadas 2.006, enquanto 530 receberam classificação final inconclusiva. Outras 220 permanecem sob investigação.
Em relação ao mosquito Aedes aegypti, cuja fêmea atua como vetor de transmissão, o boletim indica baixa infestação na maioria dos 46 bairros monitorados e com instalação de armadilhas pelas equipes da prefeitura. Entretanto, dois bairros da Zona Leste (as vilas João Pessoa e São José) apresentam alto índice de presença do inseto.
Dicas à população
Diante das manifestações dos primeiros sintomas compatíveis com a dengue, as autoridades médicas recomendam que o indivíduo procure um serviço de saúde o mais rápido possível. O objetivo é evitar o agravamento do caso e a evolução para óbito.
Como principais sintomas são listados a febre alta (39°C a 40°C) e com duração de dois a sete dias, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas avermelhadas na pele, com ou sem coceira. Também aparecem de forma frequente os relatos de dores na cabeça (inclusive atrás dos olhos) e em outras partes do corpo.
O uso de repelente é indicado para maior proteção individual contra o inseto, cuja picada da fêmea funciona como vetor. Não menos importante é revisar as áreas interna e externa da residência (casa ou apartamento) para eliminar objetos com água parada. Essas ações impedem o mosquito de nascer, cortando assim o seu ciclo de vida já na fase aquática.
Assim como ocorre em boa parte das doenças crônicas, a faixa etária acima dos 60 anos compõe um dos principais grupos de risco para o agravamento do quadro de saúde após a picada pelo mosquito.
(Marcello Campos)