Sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de julho de 2019
Um projeto de lei para quem comete crimes sexuais graves contra crianças foi aprovado na Ucrânia. O texto prevê castração involuntária como punição a quem cometer pedofilia. Conforme a medida, aprovada por maioria, com 247 votos, serão utilizadas nos criminosos injeções químicas antiandrogênicas.
Com uma série de ataques contra menores de idade no país, o parlamento acredita que a população apoiará a medida. Um dos casos ocasionou a morte de uma menina de 11 anos, que tentou lutar contra seu agressor, de 22 anos, amigo da família.
Inicialmente, estava prevista na redação a castração voluntária, mas um subcomitê propôs a alteração. Conforme o líder do Partido Radical, Oleh Lyashko, “a lei ucraniana não tem um termo vital ou pena de morte para crimes sexuais contra crianças. E é muito improvável que o estuprador não retorne ao seu ‘negócio’ depois de ser libertado da prisão”.
Muitos especialistas são contra a medida. Dentre eles, está a própria criminologista que escreveu a lei contra pedofilia na Ucrânia, Anna Maliar. Ao jornal britânico The Independent, ela disse que muitos parlamentares não sabiam o que estavam fazendo. “A grande maioria das pessoas condenadas por crimes sexuais com menores são pessoas perfeitamente saudáveis. Castrá-los à força não é algo civilizado”, disse Anna.
Um chamado foi feito ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para intervir, vetando a medida.