Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 10 de novembro de 2015
Do lixo, duas vidas renasceram. Depois de encontrar pertences de Betty Lago em latões de lixo no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro – e iniciar uma saga para contatar familiares da artista -, o catador Bruno Jesus Baptista, de 36 anos, respira mais aliviado. No último fim de semana, o rapaz finalmente entregou o acervo para Joyce Lago, irmã da atriz e modelo morta em setembro devido a um câncer.
“Isso tudo não aconteceu por acaso. Era fã de Betty, e acompanhei as novelas ‘Bang Bang’ [2005] e ‘Quatro Por Quatro’ [1994]. Não tive a oportunidade de conhecê-la pessoalmente, mas com certeza esse encontro vai ficar na minha lembrança para sempre”, emociona-se Bruno ao tirar da sacola preciosidades e documentos de Betty, como agendas telefônicas, passagens aéreas, fotos e bilhetes de amigos. O material foi encontrado enquanto Bruno revirava o lixo em busca de restos de alimentos.
Filha de Joyce, Veruzka Lago, de 32 anos, emocionou-se ao encontrar detalhes desconhecidos da tia. Agora, ao lado da mãe e de amigos de Betty, ela se esforça para reconhecer a origem ou o significado de alguns pertences, como uma medalhinha de prata com a imagem de Nossa Senhora de Fátima. “São lembranças que a gente gosta de ter e guardar. Se fossem levadas pelo gari e depois trituradas, ninguém iria saber. A sorte é que não foi assim. Talvez tenha sido uma ajudinha da Betty lá de cima, de onde ela está agora”, diz Veruzka.
Joyce e Veruzka estão dispostas a ajudar o catador. Bruno é pai de três filhos. Viciado em cocaína desde os 16 anos, ele vagueia há dois meses pelas ruas da Zona Sul do Rio, coletando latinhas para revender. (AG)
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