Sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de novembro de 2023
Acordo em discussão, que foi coordenado com os EUA, também prevê que Israel liberte algumas mulheres e crianças palestinas das prisões israelenses
Foto: ReproduçãoMediadores do Catar tentam, nesta quarta-feira (15), negociar um acordo entre o Hamas e Israel que inclui a libertação de cerca de 50 reféns civis de Gaza em troca de um cessar-fogo de três dias, disse à Reuters uma autoridade informada sobre as negociações.
O acordo em discussão, que foi coordenado com os EUA, também prevê que Israel liberte algumas mulheres e crianças palestinas das prisões israelenses e aumente a quantidade de ajuda humanitária permitida em Gaza, disse a autoridade.
Isso marcaria a maior libertação de reféns mantidos pelo Hamas desde que o grupo invadiu a fronteira de Gaza, atacou partes de Israel e levou reféns para o enclave. O Hamas concordou com as linhas gerais desse acordo, mas Israel não concordou e ainda está negociando os detalhes, disse a autoridade.
Não se sabe quantas mulheres e crianças palestinas Israel libertaria de suas prisões como parte do acordo em discussão. O escopo das negociações lideradas pelo Catar mudou significativamente nas últimas semanas.
O fato de que as conversas agora estão focadas na libertação de 50 prisioneiros civis em troca de uma trégua de três dias e que o Hamas concordou com as linhas gerais do acordo não havia sido relatado anteriormente.
O rico estado do Golfo do Catar, que tem metas ambiciosas de política externa, tem uma linha direta de comunicação com o Hamas e Israel. Anteriormente, ele ajudou a mediar tréguas entre os dois.
Esse acordo exigiria que o Hamas entregasse uma lista completa dos reféns civis vivos que ainda estão em Gaza. Uma libertação mais abrangente de todos os reféns não está sendo discutida no momento, disse a autoridade.
Não houve resposta imediata das autoridades israelenses, que anteriormente se recusaram a fornecer comentários detalhados sobre as negociações de reféns, citando a relutância em prejudicar a diplomacia ou alimentar relatos que consideraram “guerra psicológica” dos militantes palestinos.
O Ministério das Relações Exteriores do Catar e o escritório político do Hamas em Doha não quiseram comentar. O Catar, onde o Hamas mantém um escritório político, tem liderado a mediação entre o grupo militante e as autoridades israelenses para a libertação de mais de 240 reféns.