Segunda-feira, 03 de março de 2025
Por Redação O Sul | 23 de julho de 2023
Os constantes erros de arbitragem na temporada, reforçados por reclamações contundentes de clubes e jogadores, levou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a antecipar a concentração dos árbitros escolhidos para apitar as semifinais da Copa do Brasil. Eles passarão por uma preparação especial para minimizar o risco de falhas.
Os profissionais serão submetidos a treinamentos no campo, a ser realizado no Clube da Aeronáutica, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com a presença de atletas para simular situações reais de jogo. Simultaneamente, os árbitros assistentes de vídeo farão atividades no Centro de Excelência da Arbitragem Brasileira (CEAB).
O programa vai incluir controle de alimentação dos profissionais, preparação física, tática e psicológica para todos os envolvidos nos jogos. Os trabalhos se iniciaram nesse domingo (23) e vão servir de simulados para as partidas, com atletas convidados e revisão dos lances em VAR.
Ao todo, 19 árbitros vão participar dos treinamentos, os 14 que estarão nas semifinais, além de cinco convidados.
A arbitragem brasileira vem sofrendo muitas críticas por parte dos torcedores e dos clubes, o que levou a CBF agir desta forma. A entidade se vê sob pressão.
Já a partida entre Grêmio e Flamengo, que será nesta quarta (26), às 21h30, na Arena do Grêmio, terá no apito o árbitro Raphael Claus (SP), com Bruno Boschilia (PR), Guilherme Camilo (MG) e João Gobi (SP) como auxiliares. Os árbitros de vídeo serão Igor Benevenuto (MG), Dyorgenes Padovani (ES) e Fabrício Vilarinho (GO).
Torneio
A Copa do Brasil foi criada para aplacar o descontentamento das federações de estados com menor tradição no futebol nacional, cujos representantes dificilmente teriam a oportunidade de enfrentar um “clube grande” durante o ano, após a diminuição do número de participantes do Campeonato Brasileiro de Futebol de 1987, com a criação da Copa União, competição que reunia apenas grandes clubes de futebol do Brasil.
A criação dessa competição então, visava valorizar a maioria dos campeonatos estaduais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, campeonatos estes que não tinham mais representatividade no Campeonato Brasileiro e voltaram a crescer em importância para os clubes médios e pequenos dessas regiões, por eles terem novamente chances até de chegarem, pelo menos teoricamente, à Copa Libertadores da América.
Entre 1973 e 1986, o Brasileirão contou sempre com a presença de pelo menos um representante de cada federação (normalmente o campeão do ano anterior) que mantivesse um campeonato disputado profissionalmente (os estados com maior força política e econômica tinham um número maior de representantes, também inseridos de acordo com a classificação no campeonato estadual do ano anterior); por conta disso, durante esse período, Acre e Rondônia (elevado à condição de Estado em 1982) foram os únicos estados nunca representados, pois seus campeonatos estaduais somente se tornaram profissionais em 1989 e 1991, respectivamente.
O Campeonato Brasileiro chegou a ser disputado por 94 times, em 1979 (em 1986 eram 44).
A primeira edição da Copa do Brasil ocorreu em 1989 e o primeiro gol de sua história foi marcado por Alcindo Sartori, na vitória por 2 a 0 do Flamengo sobre o Paysandu. O Grêmio foi o seu primeiro campeão, qualificando-se por isso a disputar a Libertadores da América de 1990.
O Cruzeiro é o clube que mais venceu a competição, com 6 títulos, seguido pelo Grêmio, com 5, Palmeiras e Flamengo com 4 e por Corinthians com 3, Atlético Mineiro com 2 títulos. Outros 9 clubes venceram uma edição da competição, sendo portanto 15 o número de clubes campeões.