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CBF anuncia Pia Sundhage como nova treinadora da Seleção Feminina

(Foto: Laís Torres/CBF)

A Seleção Feminina já tem uma nova técnica! A CBF anunciou nesta quinta-feira (25) a contratação da sueca Pia Sundhage para assumir o comando da equipe canarinha com a saída de Vadão após a eliminação diante da França pelas quartas de final da Copa do Mundo deste ano. A entidade priorizou a contratação de uma mulher para comandar o time.

A treinadora de 59 anos é bicampeã olímpica com os Estados Unidos e no momento estava à frente do desenvolvimento da base da seleção sueca. Em 2016, no Rio de Janeiro, a sueca chegou a levar a seleção de seu país à decisão, mas acabou perdendo para a Alemanha na final, e conquistou a medalha de prata. No caminho tirou, na semifinal, o Brasil de Vadão, nos pênaltis.

A primeira prioridade de Sundhage com a Seleção é a preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. O Brasil jamais conquistou a medalha de ouro na modalidade. Se completar o ciclo de quatro anos, ela será também a treinadora da seleção na Copa do Mundo de 2023, que ainda não tem sede definida. “A escolha da Pia reflete a nova dimensão que vamos imprimir ao futebol feminino no Brasil. A partir da sua chegada, desenvolveremos um planejamento totalmente integrado entre a Seleção Principal e a base, equilibrando objetivos de curto prazo, como Tóquio 2020, com a renovação contínua dos nossos talentos. Pia reúne a experiência e o talento perfeitos para isso. É uma enorme alegria termos essa lenda do futebol feminino no nosso time. Na busca permanente por inovação e excelência, teremos pela primeira vez, uma treinadora estrangeira comandando a Seleção Brasileira Feminina”, afirmou o presidente da CBF, Rogério Caboclo.

Ex-jogadora, Sundhage começou sua carreira no futebol com 17 anos e já atuou por seis clubes além da seleção nacional de seu país, alcançando o terceiro lugar na Copa do Mundo de 1991, a primeira organizada pela Fifa. Dotada de boa técnica e um preciso poder de finalização, Sundhage foi uma das expoentes do futebol feminino. Ela também jogou a Copa de 1995 e as Olimpíadas de Atlanta, em 1996. Nestas três competições, marcou cinco gols em 13 partidas. Segundo a federação sueca, ao todo, Sundhage marcou 71 gols em 146 jogos ao longo da carreira. Porém, ela ganhou projeção mundial na função de treinadora. Com passagens pelo futebol feminino americano e como assistente da seleção chinesa, assumiu seu principal desafio em 2008, quando foi anunciada no Boston Breakers, dos Estados Unidos. Em 107 partidas no comando das americanas, somou 91 vitórias, dez empates e apenas seis derrotas.

Depois desta passagem vitoriosa pela seleção dos Estados Unidos, ela aceitou o desafio de comandar a Suécia. O primeiro objetivo era a Euro de 2013, disputada em casa. A campanha parou na semifinal. Pia comandou a Suécia na Copa do Mundo do Canadá, em 2015, e surpreendeu o mundo ao eliminar Estados Unidos e o Brasil (nos pênaltis). A última competição de Pia Sundhage no comando da seleção sueca foi na Euro de 2017, quando as escandinavas ficaram nas quartas de final. Pia Sundhage deixou o comando da Suécia depois da Euro.

Sundhage acertou contrato com a CBF por dois anos, com a possibilidade de renovação por mais dois. “Adultos e crianças querem jogar futebol. Não importa se é menina ou menino. Você tentará ser muito bom. Só pensa nisso, não importa o gênero. É a mesma coisa como técnica. Para fazer isso, ao olhar a história, você vê que precisa ter vontade, ter paixão e amar o jogo. Às vezes é injusto porque existem alguns obstáculos a mais para as mulheres dentro de um ambiente masculino como o futebol. Mas, se você tem força de vontade e paixão, juntando esses dois elementos, pode fazer a diferença.”, desabafou a técnica.

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