Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de setembro de 2015
O STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou o terceiro pedido de mandado de segurança da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e vetou a abertura dos contratos de patrocínio da entidade na CPI do Futebol, no Senado. A confederação havia solicitado para não ter de cumprir requerimentos aprovados na comissão de inquérito. O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, também se reuniu na quarta-feira com parlamentares, em Brasília. O cartola se recusou a revelar detalhes dos encontros, dizendo que não tem o hábito de falar sobre sua agenda.
Os parlamentares já fizeram, até agora, três requerimentos para ter acesso aos documentos da confederação. Ontem, o ministro Marco Aurélio Mello vetou o pedido do relator da comissão, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), de papéis referentes a relação da renda obtida com bilheteria e comercialização de direitos de transmissão dos jogos da seleção, acordos com patrocinadores desde 2002, relação dos recursos recebidos em acordos com a Fifa, referentes à organização da Copa do Mundo de 2014.
A CBF argumentou que os contratos têm cláusula de confidencialidade e, por isso, não podem vir a público.
Sigilo
Nessa terceira solicitação, a entidade solicitou a dispensa de levar à comissão os seus movimentos financeiros e pagamentos a dirigentes, argumentando que não há motivo para isso até o momento, que a fase de investigação é embrionária e que a confederação é privada e não recebe dinheiro público.
Há um pedido especial por parte da defesa da confederação: de que os documentos possam ser entregues lacrados para a CPI e que eles fiquem sob a guarda do senador Romário, que é o presidente, até o julgamento final do mérito dos seus pedidos no STF. A CBF solicitou também que o Supremo dê uma decisão proibindo que os documentos por ela entregue sejam remetidos ou divulgados para outras pessoas ou órgãos. (Folhapress)