Após partidos pressionarem por mudanças no relatório, a votação da Reforma da Previdência foi adiada para esta terça-feira (23). O deputado Arthur Lira, líder do Progressistas (PP) na Câmara, destacou que das seis alterações solicitadas pelos partidos, quatro foram acatadas, e as outras duas estavam em estudo pela equipe econômica do governo. De qualquer forma, segundo a liderança do PP, as alterações já combinadas seriam suficientes para aprovar o parecer na Comissão.
O governo aceitou discutir a retirada do fim do pagamento da multa de 40% do FGTS para demissão sem justa causa do trabalhador já aposentado, além de tirar do texto o fim do recolhimento do fundo do trabalhador que se aposentou. Também foi acordado a retirada do artigo que concentra na Justiça Federal em Brasília todas as ações judiciais relativas à previdência, além de tornar exclusivo do Executivo o poder de propor mudanças na previdência; e a possibilidade de se alterar a aposentadoria compulsória dos servidores públicos por lei complementar. Atualmente mudanças só podem ser feitas alterando a Constituição Federal.
Os pontos ainda em discussão são as mudanças no abono salarial e a retirada da Constituição de regras para se aposentar, possibilitando mudanças futuras com um quórum mais baixo de parlamentares.