Para marcar o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, a Secretaria Estadual da Cultura (Sedac) e suas instituições vinculadas prepararam uma programação especial ao longo deste mês. A iniciativa abrange mais de 20 eventos em Porto Alegre e outras cidades gaúchas para celebrar a efeméride, criada há 50 anos.
Além de lançamentos de livros, estão previstas rodas de conversa, palestras, painéis, exposições, oficinas, espetáculos de música e teatro. Um dos destaques é a mostra “Palmares Vive!”, do Museu Antropológico do Rio Grande do Sul. Para conferir a programação completa, acesse o site cultura.rs.gov.br.
A assessora técnica de diversidade e inclusão da Sedac, Rochele Lino, ressalva que o Dia da Consciência Negra não é apenas uma homenagem, mas também um compromisso nacional com a valorização e o respeito pela cultura e identidade negras, tão profundamente entrelaçadas à história e formação do Brasil: “Ao fazermos isso, fortalecemos nossa sociedade e trabalhamos em direção a um futuro mais justo e harmonioso”.
Data emblemática
O Dia da Consciência Negra é celebrado como forma de valorização da cultura e identidade afro-brasileiras, por meio de ações de enfrentamento ao racismo (inclusive o estrutural) e do debate sobre a escravidão no País. A data foi criada em 1965 por intelectuais do Grupo Palmares, de Porto Alegre.
Outro objetivo da efeméride é promover o reconhecimento das contribuições da população negra à formação do Brasil. E reforçar a necessidade de se valorizar a diversidade étnica e cultural do País.
A data foi escolhida em alusão ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, símbolo da da luta dos negros escravizados e que buscavam a liberdade. Em dezembro do ano passado, o 20 de Novembro foi oficializado como feriado nacional – até então, municípios e Estados regulamentavam a medida por meio de leis próprias.
“A celebração da data nacionalmente reforça a importância e a contribuição das culturas africana e afro-brasileira para a música, a dança, a culinária, a linguagem, a moda e até as práticas religiosas, enriquecendo profundamente o patrimônio cultural brasileiro”, pontua a titular da Sedac, Beatriz Araujo.
Ela complementa: “Trata-se de uma herança que reflete a história, a resistência e a resiliência do povo negro, que contribui para o desenvolvimento de uma cultura plural, diversa e vibrante, e que temos o dever de fomentar, incentivar e divulgar”.
(Marcello Campos)