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Celular proibido valerá já neste ano letivo e em todos os níveis de ensino; veja

Restrição do uso de celulares nas escolas é vista como uma medida crucial para melhorar o aprendizado. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

A recente aprovação da lei que proíbe o uso de celulares e equipamentos eletrônicos em escolas públicas e privadas do Brasil gerou um consenso inédito no Congresso Nacional. Ivan Gontijo, gerente de políticas educacionais da ONG Todos pela Educação, destacou a importância dessa medida em entrevista à CNN Brasil.

Segundo Gontijo, a lei recebeu apoio de parlamentares de diferentes espectros políticos, do Ministério da Educação e das redes de ensino. “São poucos temas educacionais que conseguem um consenso tão amplo”, afirmou o especialista.

Impactos positivos

A restrição do uso de celulares nas escolas é vista como uma medida crucial para melhorar o aprendizado e a socialização dos estudantes. Gontijo ressaltou que, desde o advento das redes sociais e do uso massivo de celulares, os resultados de aprendizagem dos alunos vêm caindo, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

“A escola serve para os alunos socializarem, criarem vínculos e desenvolverem habilidades socioemocionais”, explicou o gerente da ONG. Ele alertou que, em escolas sem restrição ao uso de celulares, é comum ver recreios silenciosos, com cada estudante isolado em seu aparelho.

Implementação e desafios

A lei começará a valer já no próximo ano letivo, abrangendo todas as etapas da educação básica. No entanto, Gontijo ressalta que a implementação não será imediata nem homogênea em todas as redes de ensino do país.

“Cada escola, cada rede de ensino vai ter que criar o seu processo de adaptação”, explicou o especialista. Ele menciona que algumas escolas já adotam medidas como o uso de pochetes para guardar os celulares ou a coleta dos aparelhos no início do dia letivo.

Gontijo enfatizou que a lei não representa uma proibição total, permitindo o uso de celulares em atividades pedagógicas específicas ou como ferramenta de inclusão para alguns alunos. O desafio agora será convencer os estudantes, especialmente os mais velhos, a aderirem a essa restrição, promovendo um ambiente escolar mais propício ao aprendizado e à interação social.

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