Domingo, 13 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 11 de abril de 2025
O programa Celular Seguro entrou em uma nova fase. Lançada ainda em 2023 pelo governo federal, a ferramenta agora conta com duas opções para vítimas de roubo ou furto: o “Bloqueio Total” e o “Modo Recuperação”. Além disso, o programa começou a enviar notificações a celulares que foram roubados, furtados ou perdidos para incentivar a devolução voluntária.
A plataforma lançada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) conta com mais de 2,4 milhões de brasileiros cadastrados.
No primeiro dia da função, o MJSP enviou 1.118 notificações a aparelhos de celular usados, após roubo, furto ou extravio comunicado ao Celular Seguro pelo dono. A mensagem chega por WhatsApp, quando um número novo é ativado no objeto.
Veja como é o aviso:
“Alerta de Restrição – O Ministério da Justiça e Segurança Pública informa que existe um alerta de restrição por roubo, furto ou extravio no IMEI deste aparelho celular, no qual a sua linha telefônica (chip) foi habilitada e identificada. Para mais informações, acesse o site do Celular Seguro e saiba como regularizar a situação.”
O objetivo da mensagem é facilitar a devolução voluntária de celulares aos seus donos legítimos. Assim, quem está com o aparelho deve comparecer à Delegacia de Polícia Civil mais próxima e, quando houver, levar a nota fiscal da compra para esclarecer a situação. O policial deverá registrar a devolução do aparelho em um Boletim de Ocorrência e enviar ao Ministério da Justiça a relação dos objetos devolvidos, incluindo marca e número do IMEI.
O comparecimento espontâneo às delegacias, segundo o Ministério da Justiça, poderá evitar a instauração de inquérito policial. Isso porque a lista de aparelhos notificados que não forem devolvidos será encaminhada pelo Ministério da Justiça às delegacias, para investigar os crimes de roubo ou receptação e recuperar o celular buscado.
Caso de perda
O primeiro passo, em caso de ocorrência de roubo, furto ou extravio, é emitir o alerta ao Celular Seguro. Isso pode ser feito pelo dono do aparelho ou por pessoa de confiança indicada previamente.
Além de servir para bloquear a linha telefônica, o alerta avisa sobre a perda às instituições e empresas parceiras, como bancos, que proíbem novos acessos aos aplicativos nos aparelhos.
– Veja o passo a passo:
* Selecione a opção “Emitir Alerta” e procure o número de telefone na lista “Meus Telefones” ou “Telefones de Confiança”.
* Após a escolha do número de telefone, clique em “Emitir Alerta”.
* Preencha as informações necessárias sobre a ocorrência e clique no botão “Emitir Alerta”.
Após a emissão do alerta, é gerado um número de protocolo, que deve ser guardado. Ainda, é preciso escolher entre dois modos de bloqueio do aparelho: o “Modo Recuperação” e o “Bloqueio Total”. A primeira pode ser útil em casos de perda ou extravio, quando há possibilidade de o proprietário reencontrar o aparelho. A segunda é recomendada nos casos de roubo ou furto.
Bloqueio total
A opção desativa completamente a linha telefônica, as contas vinculadas às instituições parceiras e o IMEI do aparelho — número único que identifica o dispositivo na rede de telefonia móvel, uma espécie de CPF do celular. Com o IMEI bloqueado, o celular não consegue mais se conectar a nenhuma rede de telecomunicação, tornando-se inutilizável mesmo com a troca do chip.
Em fevereiro de 2025, a plataforma chegou à marca de 107.931 alertas de bloqueios emitidos. Desses, 49.669 foram por roubo e 34.916 por furto. Vale atentar que caso recupere o celular, o dono não poderá simplesmente inserir um novo chip e utilizá-lo. O processo será mais burocrático.
Modo Recuperação
Bloqueia a linha telefônica e as contas vinculadas às instituições parceiras, sem desativar o IMEI do aparelho. Nesse caso, o IMEI é incluído em uma lista de restrição para ser enviada uma mensagem ao aparelho, solicitando sua devolução, quando um novo chip for instalado nele.
Caso o celular seja recuperado, o dono também poderá reutilizá-lo imediatamente após trocar o chip.
É importante destacar que, mesmo com o registro no Celular Seguro, o cidadão deverá registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil do estado ou distrito federal. (Com informações do jornal Extra)