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Celulares roubados ou furtados no Brasil chegaram a quase 1 milhão no ano passado

Tela do celular será travada quando for detectada uma mudança repentina de velocidade. (Foto: Reprodução)

De acordo com o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), quase um milhão de celulares foram roubados ou furtados no Brasil no ano passado. Isso significa uma alta de 16,6% ante 2021. Do total, mais de 1/3 dos roubos e furtos ocorreram em São Paulo, mas os maiores crescimentos em termos proporcionais foram registrados na Bahia e no Rio de Janeiro.

Segundo o anuário, 999.223 pessoas registraram furto ou roubo de celulares em 2022, o que equivale a quase um caso por minuto. Mais populoso do País, o Estado de São Paulo teve média de quase 950 registros por dia – ao todo, 346.518 paulistas tiveram seus aparelhos levados em 2022, segundo os dados oficiais.

Quando se considera a proporção de habitantes, os maiores crescimentos desse tipo de crime foram registrados na Bahia (acréscimo de 70,5%) e Rio de Janeiro (58,6% a mais do que em 2021). Por outro lado, o Fórum aponta que seis Estados tiveram queda de casos de roubo ou furto de celulares. A maior queda foi em Mato Grosso (de 41%). Outros cinco Estados também apontaram melhora nos números: Roraima (redução de 14,5%), Paraíba (-4,5%), Acre (-3,8%), Pará (-3,5%) e Rio Grande do Norte (-3,3%).

Considerando o total de ocorrências em relação ao tamanho da população de cada Estado, Amazonas, Distrito Federal e São Paulo registram os maiores índices desse tipo de crime. Na outra ponta, Paraíba, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul apresentaram os menores números.

Crime atrativo

Para Rafael Alcadipani, que integra o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, roubos e furtos de celulares subiram pela atratividade desse tipo de crime. “O celular passou a ser o grande produto para os criminosos. Antigamente era o toca-fitas dos carros, até mesmo a calota do carro. A questão é que, hoje, toda a vida da pessoa está no celular, incluindo dados bancários. E isso sem falar no valor que o desmonte do celular gera para os criminosos. É um produto de fácil furto e roubo”, diz.

Na avaliação de Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do fórum, é preciso conectar o debate sobre furtos e roubos de celular ao de estelionatos. “Os furtos e roubos de celulares, se a gente comparar com 2021, parece que cresceram de forma absurda. Mas, na verdade, eles voltam ao patamar de 2019. Só que o celular, naquela época, era roubado basicamente para servir para reposição de peças, venda no mercado clandestino e exportação para países que não têm fiscalização reforçada do Imei (identificador do aparelho).

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