Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de março de 2024
Pesquisa mostra crescimento do ICEI-RS em março
Foto: CNI/DivulgaçãoO ICEI-RS (Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho), divulgado nesta quinta-feira (21) pela Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), cresceu 1,1 ponto em março, para 51,6, superando a faixa dos 50 que separa a presença da falta de confiança.
Nos primeiros três meses de 2024, o índice oscila pouco acima da linha divisória, revelando otimismo, mas em um nível muito baixo. “Os resultados não mostram grandes mudanças na percepção da indústria gaúcha, que continua pouco confiante no cenário econômico doméstico, ainda carregado de incerteza por conta da política fiscal, da preocupação com o cumprimento das metas do novo Arcabouço Fiscal e da Reforma Tributária, juntamente com a retirada de incentivos fiscais de ICMS no Rio Grande do Sul “, afirma o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.
Formado pelas avaliações dos empresários gaúchos com relação às condições atuais e às expectativas da economia brasileira e da sua empresa, o ICEI-RS mostra que no terceiro mês de 2024, todos os componentes cresceram em relação a fevereiro. Mas a presença de confiança está exclusivamente nas expectativas sobre as próprias empresas, pois em relação à economia brasileira, o sentimento é de pessimismo.
O Índice de Condições Atuais cresceu 0,7 ponto em março ante fevereiro, para 45,7 pontos. Apesar da alta, o valor continuou abaixo dos 50. Isso mostra que os empresários gaúchos ainda percebem deterioração nas condições atuais dos negócios.
A avaliação negativa é particularmente intensa sobre a economia brasileira, cujo índice de condições aumentou de 40, em fevereiro, para 41,2 pontos, em março. A proporção de empresários que percebem piora da economia brasileira (39,5%) neste mês supera em mais de quatro vezes a dos que identificam melhora (9,3%). O restante, 51,2%, não viu mudança no cenário econômico doméstico nos últimos seis meses.
O Índice de Condições das Empresas mostrou em março a mesma dinâmica: alta ante fevereiro, de 47,4 para 48 pontos, mas ainda na pontuação negativa.
Expectativas
Para os próximos seis meses, o Índice de Expectativa também cresceu em março, para 54,6 pontos. Em fevereiro, havia ficado em 53,3. Acima de 50 pontos, denota otimismo dos empresários gaúchos, porém restrito ao futuro das próprias empresas.
Este componente cresceu de 56,9 para 58,1 pontos no período e continua sendo o responsável pela confiança industrial. Com relação à economia brasileira, o pessimismo persiste, mas reduzido na comparação com o mês passado. O Índice de Expectativas da Economia Brasileira aumentou de 46,2 para 47,6 pontos. Em março, 25% dos empresários estão pessimistas com o futuro da economia brasileira, 18%, otimistas, e 57% não esperam mudança no cenário no curto prazo.
De acordo com a pesquisa da Fiergs, a maioria não espera mudanças na conjuntura atual, descrita pelos empresários como ruim, embora permaneçam confiantes na capacidade de suas empresas de superá-la. Como um sinalizador antecedente do setor gaúcho, o ICEI-RS de março projeta para a atividade industrial um quadro de baixo crescimento e volatilidade, sem sinais de uma retomada mais vigorosa capaz de recuperar as perdas recentes.
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