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Centro Histórico-Cultural Santa Casa recebe exposição “A paisagem como vestígio e suas referências”

Centro Histórico-Cultural Santa Casa

Fachada do Centro Histórico-Cultural Santa Casa. (Foto: divulgação)

Pinturas de grandes dimensões formam o conjunto da produção poética da artista visual Bianca Santini, que apresenta seu trabalho em exposição “A Paisagem como vestígio e suas referências”. A mostra estreia nesta sexta-feira (31), na Sala Múltiplos Usos (2º andar) do Centro Histórico-Cultural Santa Casa.

A exposição conta com uma série de trabalhos que envolvem a relação entre percepção e imaginação, a partir da representação fragmentada da paisagem. As referências do processo criativo, chamados de documentos de processo, ganham destaque nas obras como um desdobramento da exposição. Algumas fotografias e galhos coletados em viagens e passeios com a família servem de referências para sua produção em pintura e objetos.

O começo do trabalho é feito com a tela no chão, em que os gestos são soltos e fluem por meio da tinta. Em sua obra, estão mescladas experiências reais como marco inicial do trabalho, porque o pretexto para a sua criação parte de um objeto real. Tiradas da natureza, as linhas e texturas presentes nas obras estão diretamente relacionadas à forma como a artista percebe sua realidade externa. “Suas referencias são transferidas para a tela através do gesto e do movimento de seu corpo sobre as grandes dimensões em que pinta, muitas vezes no chão. Bianca torna-se uma cúmplice da natureza, para assim transformar em arte”, destaca a curadora da exposição Letícia Lau.

Segundo Letícia, surgem do olhar, do registro, da seleção, do movimento, do gesto e da pincelada camadas de tinta e texturas, que revelam formas e manchas, registros de uma memoria, fragmentos da paisagem, que na pintura sobre tela, funcionam como janelas, por onde se é possível enxergar através da arte.

A artista faz um convite aos visitantes para experimentar seus recortes na paisagem – um contraste em preto e braço, criando uma janela, representada por uma moldura suspensa no espaço, em frente a uma das suas fotos, na tentativa de aproximar o olhar do outro ao seu próprio olhar.

Muito além da pintura tradicional, a artista cria objetos e reinventa com suas “paisagens portáteis” (Ana Zavadil, 2015), construídos com materiais alternativos, inseridos em caixas de acrílico, mantendo a característica principal do seu trabalho e propondo um desdobramento, o que enriquece seu repertorio.

 

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