Pelo menos 176.194 mil residências e pontos comerciais ainda estão sem energia elétrica no Rio Grande do Sul, de acordo com boletim de infraestrutura divulgado pelo governo estadual na noite dessa segunda-feira (20). São 77.894 mil clientes da distribuidora Equatorial Energia (CEEE Equatorial) e 98.300 mil da Rio Grande Energia (RGE Sul).
As concessionárias dizem que algumas localidades estão inacessíveis por causa dos alagamentos, o que prejudica os trabalhos de religamento das redes de energia.
As fortes chuvas que atingem as cidades gaúchas já deixaram 157 mortos, 806 feridos e ao menos 85 pessoas desaparecidas.
O boletim aponta que 39.589 clientes estão sem abastecimento de água tratada fornecido pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), devido às fortes chuvas que caíram no Estado desde o fim de abril. O WhatsApp para atendimento das pessoas com falta de água nas torneiras é o (51) 99704-6644.
Há ainda 3 municípios sem serviços de telefonia e internet da companhia Vivo. A Claro e a TIM já estão com o serviço normalizado.
Os dados ainda mostram que mais de 581,6 mil pessoas estão desalojadas e mais de 76 mil estão em abrigos públicos, com necessidades de itens como colchões, cobertores e roupa de cama e banho. Ao todo, pelo menos 464 cidades foram afetadas e mais de 2,3 milhões de pessoas sofrem com as inundações.
O balanço também aponta que mais de 82,6 mil vítimas das enchentes já foram resgatadas e mais de 12,3 mil animais foram salvos, na grande operação que conta mais de 27,7 mil pessoas, mais de 4 mil viaturas, 21 aeronaves e 271 embarcações.
Os temporais também causaram danos na infraestrutura viária do Estado. Pelo menos 78 trechos de rodovias enfrentam algum tipo de bloqueio em razão disso. Do total, 47 rodovias com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes.
De acordo com o balanço da Defesa Civil, mais de 378 mil estudantes foram impactados pelas cheias em escolas em toda Rede Estadual de ensino, com as aulas suspensas.
Portos e aeroportos
As chuvas e enchentes que atingem o Estado destruíram boa parte da infraestrutura de estradas do Rio Grande do Sul. Por isso, portos e aeroportos formam corredores de transporte fundamentais nesse momento, trazendo socorro e garantindo o abastecimento das regiões atingidas.
Confira a situação dos três portos e dos principais aeroportos regionais que operam no Rio Grande do Sul.
* Aeroporto Internacional Salgado Filho: a Fraport Brasil, administradora do terminal, informa que as operações no Porto Alegre Airport seguem suspensas por tempo indeterminado. A orientação aos passageiros é para que entrem em contato com a sua companhia aérea para mais informações sobre os seus voos.
— Os aeroportos administrados pelo governo do Estado operam normalmente:
* Capão da Canoa
* Carazinho
* Erechim
* Passo Fundo
* Rio Grande
* Santo Ângelo
* Torres
* Canela
— Os aeroportos administrados pela CCR aeroportos operam normalmente:
* Bagé
* Pelotas
* Uruguaiana
— Aeroportos municipais
* Caxias do Sul: opera normalmente.
* Santa Cruz do Sul: opera normalmente.
* Santa Maria: opera normalmente.
* Porto de Porto Alegre: mantém suspensas as operações, em razão da manutenção do nível do Lago Guaíba acima da chamada cota de inundação.
* Porto de Pelotas – operando normalmente.
* Porto do Rio Grande – segue operando normalmente.
* Travessia para São José do Norte – O serviço de balsa está realizando apenas o transporte de veículos altos, como caminhonetes. O de passageiros está suspenso, em razão do aumento do nível da Laguna.