Sábado, 21 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de julho de 2022
Profissionais de TI, engenheiros e médicos estão no topo da lista entre os que garantiram a empregabilidade um ano após a formatura
Foto: DivulgaçãoDurante a pandemia, 69% dos graduados garantiram colocação no mercado de trabalho até um ano depois da formatura, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (19) pela Abmes (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior).
O Índice Abmes/Symplicity de Empregabilidade deste ano foi realizado com quase dois mil formados entre meados de 2020 e de 2021. Conforme a pesquisa, 48,82% deles estavam em ocupações formais, 10,86% trabalhavam como autônomos ou profissionais liberais, 2,77% como empresários e 2,82% estavam na informalidade.
“Os resultados da primeira iniciativa do Índice mostram que a educação superior ainda é ótimo investimento para garantir a empregabilidade dos egressos, com ou sem pandemia”, destacou o diretor presidente da entidade, Celso Niskier.
“A intenção da Abmes é continuar realizando anualmente essa pesquisa de forma a acompanhar ano a ano a evolução da empregabilidade dos estudantes brasileiros”, acrescentou.
O estudo também mostrou quais são as áreas com mais oportunidades no Brasil. Os profissionais de TI estão no topo da lista, com 82% tendo declarado conseguir emprego logo após a formatura.
Em segundo lugar aparecem os cursos de engenharia, nos quais 77% dos profissionais estão no mercado de trabalho. Entre os profissionais de saúde, 72% foram empregados.
Já no caso dos recém-formados em Direito, 53% conseguiram a inclusão no mercado de trabalho. Mais da metade dos egressos em Negócios, Comunicação e Educação também garantiu ocupação.
A pesquisa mostrou que a empregabilidade entre alunos de cursos remotos foi a mesma em comparação com estudantes de cursos presenciais. Segundo Celso Niskier, a busca pela aula online será contínua, já que muitas pessoas se adaptaram ao método durante a pandemia.
“Essa pesquisa não mediu qualidade e sim o impacto do ensino superior. Ela mostrou que o mercado de trabalho não diferencia mais a origem do diploma. A gente sabe que o ensino a distância (EAD) cresceu muito antes da pandemia e, antes da pandemia, temos pesquisas que mostram que 20% das pessoas tinham interesse nas aulas online. Agora, esse número aumentou para 80%”, disse.
“Esse método tem muitas vantagens, como flexibilidade e preço mais acessível. O grande desafio para os educadores é garantir que a experiência do aluno no EAD seja engajadora e que ele possa se motivar a aprender, como novas tecnologias e um aprendizado mais interativo”, apontou.
Para a especialista em educação Claudia Costin, o EAD pode ser um caminho para a educação superior. Ela destacou que os cursos virtuais podem garantir a possibilidade do ensino superior para algumas pessoas, mas que a modalidade não pode ser aplicada em todas as áreas, como a medicina.
Já a coordenadora do Laboratório de Pesquisa em Ensino Superior da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rosana Heringer, ressaltou que são registradas muitas perdas em termos de aprendizado quando se pensa em aula a distância.
Segundo ela, o EAD foi uma solução que os profissionais da educação encontraram para dar conta durante a pandemia. No entanto, ela defende que a qualidade da interação na sala de aula é melhor quando há oportunidade de um ensino presencial ou híbrido.