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Saúde Cervejas podem contribuir com a prevenção do Alzheimer

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Consumo leve melhora a saúde intestinal e sistema imunológico graças às bactérias saudáveis, diz estudo. (Foto: Divulgação)

Uma das bebidas mais populares e antigas do mundo, a cerveja, pode causar diversos problemas se usada em excesso, entretanto, um novo estudo, publicado recentemente na revista ACS Chemical Neuroscience, mostra que produtos químicos extraídos das flores de lúpulo, responsáveis pelo amargor e aroma à cerveja, podem inibir a aglomeração de proteínas beta amiloides, que está associada à doença de Alzheimer.

Os pesquisadores criaram e caracterizaram extratos de quatro variedades comuns de lúpulo usando um método semelhante ao usado no processo de fabricação de cerveja. Em testes, eles descobriram que os extratos tinham propriedades antioxidantes e poderiam impedir que as proteínas beta amiloides se aglutinassem nas células nervosas humanas. O extrato de maior sucesso foi do lúpulo Tettnang, encontrado em muitos tipos de cervejas.

Quando esse extrato foi separado em frações, aquele contendo um alto nível de polifenóis mostrou a atividade antibiótica e inibidora de agregação mais potente. Também promoveu processos que permitem que o corpo elimine proteínas neurotóxicas mal dobradas.

Por fim, a equipe testou o extrato de Tettnang em um modelo de verme microscópico e descobriu que o protegia de paralisias relacionadas ao Alzheimer.

Os pesquisadores dizem que, embora este trabalho não justifique beber cervejas mais amargas, ele mostra que os compostos de lúpulo podem servir de base para nutracêuticos, ou seja, alimentos que têm algum tipo de função medicinal ou nutricional, que combatem o desenvolvimento da doença de Alzheimer.

Estratégias preventivas e terapêuticas contra a doença estão sendo buscadas por equipes médicas do mundo inteiro no intuito de diminuir os danos ao sistema nervoso entre o início dos processos bioquímicos e o início dos sintomas, que podem levar anos e, consequentemente, ser irreversível para muitos pacientes.

Incidência

De acordo com a OMS, estima-se que existam 35,6 milhões de pessoas com Doença de Alzheimer (DA) no mundo, sendo que o número tende a dobrar até o ano de 2030 e triplicar até 2050. No Brasil, a possibilidade é de que existam cerca de 1,2 milhões de pessoas com Alzheimer.

A condição é a causa mais comum de demência, responsável por 70% de todos os casos no mundo.

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. A causa é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada.

A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como conseqüência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

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