Em novembro de 2024, o preço da cesta básica de Porto Alegre apresentou alta de 0,83% em relação a outubro de 2024 passando a custar R$ 780,71, se fixando como a terceira mais cara do Brasil, apenas atrás de São Paulo (R$ 828,39) e Florianópolis (R$ 799,62). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (05) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
De janeiro a novembro, a cesta registrou variação de 1,85%. Em comparação com novembro de 2023, o valor registrou alta de 5,62%. Na avaliação mensal, em novembro de 2024, oito produtos que compõem a cesta básica tiveram aumento nos preços médios: o óleo de soja (11,75%), a manteiga (2,29%), a carne (2,04%), o açúcar (1,77%), o feijão (1,65%), o café (1,60%), a batata (0,56%) e o pão (0,35%). Por outro lado, cinco produtos ficaram mais baratos: a farinha de trigo (-4,67%), o arroz (-2,16%), o tomate (-1,85%), o leite (-1,46%) e a banana (-1,35%).
No acumulado no ano, de janeiro a novembro, nove itens apresentaram alta nos preços: o café (33,75%), o óleo de soja (23,92%), o leite (21,33%), a banana (9,27%), o arroz (7,63%), a manteiga (7,17%), o pão (6,24%), o feijão (2,97%) e a carne (2,25%). Em sentido oposto, quatro itens registraram queda nos preços: o tomate (27,82%), o açúcar (-6,12%), a farinha de trigo (-4,74%) e a batata (-0,55%).
Quanto deveria ser o salário mínimo
Com base na cesta mais cara, que, em novembro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em novembro de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.959,31 ou 4,93 vezes o mínimo de R$ 1.412.
Em outubro, o valor necessário era de R$ 6.769,87 e correspondeu a 4,79 vezes o piso mínimo. Em novembro de 2023, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.294,71 ou 4,77 vezes o valor em vigor na época, que era de R$ 1.320.