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Carlos Roberto Schwartsmann “Chacina nas ruas!!”

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(Foto: Jackson Ciceri/O Sul)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Ficamos chocados e sensibilizados quando várias pessoas morrem no mesmo momento devido a diferentes tipos de tragédias.

A queda do avião da Chapecoense, na Colômbia, matou 71 pessoas. No incêndio da boate Kiss, padeceram 242 vítimas. No tsunami da Indonésia calcula-se que morreram 230.000 pessoas.

Entretanto, quando as mortes decorrentes do mesmo agente, são diluídas nos dias, os números não nos afetam tanto!

No ano de 2022 foram assassinados 41.000 brasileiros. Segundo o Instituto de Pesquisas Aplicado (IPEA), morrem anualmente no Brasil 45.000 pessoas decorrente de acidentes de trânsito. Um pouco menos da metade por acidente com motocicletas.

O uso de motos é influenciado por fatores sócio econômicos: É um bem de menor custo, gasta menos combustível e permite rápida locomoção no trânsito.

A moto oferece um transporte econômico, eficiente, ágil, e de fácil estacionamento.

Entretanto a grande desvantagem do uso da moto é a segurança do condutor. Ele é o para-choque. Ele é o escudo!

De todos os meios de transporte é o que mais frequentemente leva o passageiro a morte.

É um ponto final.

O lamento fica com os familiares e os amigos. Entretanto, os inválidos que sobrevivem têm um custo social muito grande e de muitos anos. Segundo dados das seguradoras, no Brasil, os acidentes de transito deixam mais de 210.000 pessoas invalidas temporariamente ou definitivamente.

Geralmente são jovens de 18 a 40 anos.

Muitos são responsáveis pelo sustento familiar e seus entes queridos são literalmente arrastados para a pobreza.

Segundo a ONU estima se que o Brasil gasta de 2 a 3% do produto interno bruto, cerca de 220 bilhões, em acidentes de trânsito. As vítimas de acidentes ocupam mais de 50% dos leitos do SUS.

Oneram a previdência e reduzem nossa capacidade produtiva.

Reduzir as mortes dos motoqueiros no Brasil é uma questão de saúde pública! Quando o governo percebeu que os gastos do tratamento contra o câncer produzidos pelo tabaco são maiores que os impostos recebidos, lançou uma campanha feroz contra o cigarro. Com a participação e adesão da sociedade o objetivo foi alcançado.

Agora é necessário fazer o mesmo: Uma campanha contra os acidentes de moto!!

Porem serão necessárias outras alternativas: Estabelecer regras claras com penalidades pré-estabelecidas, porem rigorosas como a lei do bafômetro.

Outra boa opção seria estimular a produção de triciclos sem nenhuma carga tributária, com a finalidade de que o preço de venda final seja igual ao da moto.

Alguma coisa deve ser feita: Não podemos mais nos curvar diante da chacina nas ruas.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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