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Por Redação O Sul | 17 de julho de 2015
As chances de voltar ao peso normal dentro de um ano, depois de estar obeso, é apenas uma em 210 para homens e uma em 124 para mulheres, segundo uma pesquisa britânica. Em casos graves de obesidade, a perda de peso em apenas um ano é ainda menos provável, concluíram pesquisadores da universidade King’s College London (Inglaterra).
O estudo diz ainda que as atuais estratégias de combate à obesidade estão fracassando. A equipe pede “políticas de saúde mais abrangentes” para prevenir a obesidade. A médica Alison Fildes, que liderou a equipe de cientistas, disse que, na Grã-Bretanha, as opções de tratamento disponíveis a obesos não dão certo para a maioria dos pacientes. “É preciso focar o tratamento na prevenção do aumento de peso e na manutenção de perda de peso, por menores que sejam”, disse a doutora Alison.
“As atuais estratégias que se concentram em cortar calorias e aumentar a atividade física não estão dando certo para a maioria dos pacientes que querem perder peso e manter isso.” Para a médica, a maior oportunidade para combater a “epidemia de obesidade” é mudar a política no nível da população.
REGISTROS MÉDICOS
O estudo acompanhou o peso de 278.982 homens e mulheres entre 2004 e 2014 através de registros médicos eletrônicos. Pacientes que perderam peso por causa de cirurgias específicas para isso foram excluídos. Durante a pesquisa, 1.283 homens e 2.245 voltaram ao seu peso normal.
Para aqueles considerados obesos (com Índice de Massa Corporal, IMC, entre 30 e 35), a probabilidade de emagrecer em um ano é maior entre mulheres que entre homens.
No caso de obesos mórbidos (IMC entre 40 e 45), apenas um em 1.290 homens e uma em 677 mulheres conseguiram emagrecer, segundo a pesquisa.
A boa notícia, segundo a doutora Alison Fildes, é que perder 5% do peso é mais fácil. Um em cada 12 homens e uma em cada 10 mulheres conseguiram emagrecer nesta proporção durante um ano. No entanto, a maioria recuperou todo o sobrepeso nos cinco anos seguintes. Mais de um terço dos homens e mulheres estudados atravessaram ciclos semelhantes de aumento e queda de peso. A pesquisa foi publicada na revista médica “American Journal of Public Health”. (AG)