Segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de novembro de 2023
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, discursou em reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas
Foto: ReproduçãoO chanceler brasileiro Mauro Vieira lamentou nesta quarta-feira (29) as ações que prejudicam a criação de um Estado Palestino e falta de consenso entre os membros do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). Gaza está sendo destruída em nível inaceitável, afirmou o chanceler.
Mauro Vieira ainda disse que o Brasil celebra a trégua entre os países mediada pelo Catar, e com a colaboração dos Estados Unidos e Egito, e que o acordo mostra que a paz é possível.
“Nós sabemos que a época não é de celebração. Depois do comentário do secretário-geral Antonio Guterres, que mencionou os horrores que aconteceram em Gaza depois do ataque terrorista de 7 de outubro e dos 48 dias de bombardeio que se seguiram, a solidariedade não é a primeira palavra que vem a mente de todos.”
O chanceler ressaltou que os membros do Conselho de Segurança da ONU têm falhado e que “solidariedade implica em união”. Para Mauro Vieira, a guerra no Oriente Médio é um problema vital, e existe o receio de que o conflito se espalhe na região.
O brasileiro afirmou ainda que é uma obrigação do Conselho ajudar na busca da paz. Ele destacou que 80% da população de Gaza foi obrigada a se deslocar e que existe uma tragédia humanitária.
“Violência e terrorismo alimentam ciclo de hostilidade sem fim”, afirmou. Durante o discurso, ele enfatizou a importância da trégua entre Israel e Hamas, e destacou a importância da libertação segura de reféns. “Não conseguimos imaginar crianças reféns”.
No fim, Mauro Vieira defendeu a convivência entre dois estados, israelense e palestino, em que as fronteiras sejam reconhecidas.