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Chanceler da Venezuela vai a reunião do Mercosul sem ter sido convidada

Manifestantes brasileiros protestam contra o chanceler José Serra em Buenos Aires, onde ocorre reunião do bloco. (Foto: Sylvia Colombo/Folhapress)

A chanceler da Venezuela, Delcy Rodriguez, esteve em Buenos Aires, na Argentina, na manhã desta quarta-feira (14) para participar de uma reunião do Mercosul, para a qual não foi convidada. Caracas se encontra suspensa do bloco regional desde o início do mês.

Rodriguez diz que considera a reunião “ilegal”, e uma manobra para transferir a presidência do bloco, que caberia agora à Venezuela, para a Argentina.

Manifestantes brasileiros e venezuelanos realizaram protesto na entrada do Palácio San Martín, sede cerimonial da chancelaria argentina, onde ocorria a reunião multilateral. Os venezuelanos pediam a reintegração da Venezuela ao Mercosul.

Ao chegar ao local, a chanceler venezuelana foi recebida à parte por sua colega argentina, Susana Malcorra, no prédio anexo da chancelaria.

Ao final da reunião com Malcorra, Rodriguez saiu para fazer declarações aos jornalistas e manifestantes. Disse que apesar de os outros chanceleres não a terem deixado entrar na reunião oficial, a Venezuela fazia questão de seguir na Presidência do Mercosul.

“Eu sigo exercendo a Presidência pro-tempore do Mercosul apesar de a chanceler Malcorra tenha dito que não estamos convidados”, declarou, dizendo que os outros países estavam dando “um golpe de Estado”, ao não respeitar as regras do bloco.

“Se não nos deixam entrar pela porta, entraremos pela janela”.

A seguir, Rodriguez se encaminhou para a entrada do Palácio San Martín e conseguiu forçar sua entrada. Impedida de participar da reunião multilateral, ela deixou o local pouco tempo depois.

Está programada para acontecer durante a tarde uma entrevista coletiva com Malcorra, na qual deve ser apresentada a resolução do Mercosul sobre a presidência do bloco.

JOSÉ SERRA

Por volta das 11h (meio-dia de Brasília), o chanceler do Brasil, José Serra, chegou ao local e foi recebido com um coro de pessoas gritando: “Golpista, golpista”.

De modo pouco usual, o Palácio San Martín se encontra cercado e com forte presença de um cordão policial. (Sylvia Colombo/Folhapress)

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