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Charles III é o nome adotado pelo sucessor de Elizabeth II como rei; entenda

Segundo os ritos oficiais, ele tinha algumas opções, mas acabou seguindo o caminho tradicional. (Foto: Reprodução)

A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, ao se pronunciar sobre a morte da rainha Elizabeth II, citou qual será o nome do sucessor Charles como rei. “Nos próximos dias, nos reuniremos para celebrar sua extraordinária vida e seu legado”, disse a primeira-ministra sobre a monarca. “Ela era amada e adorada ao redor do mundo. Agora o reinado passa para o rei Charles III”, acrescentou.

Essa foi a primeira informação a respeito do título adotado pelo novo monarca britânico, depois confirmada oficialmente pela família real.

Ao assumir o trono, o herdeiro poderia escolher um novo nome. Segundo os ritos oficiais, ele teria algumas opções. Uma delas era seguir o caminho tradicional e manter o título de rei Charles III.

Mas ele também poderia ter adotado um “novo” nome real. Charles Philip Arthur George poderia optar por um dos nomes do meio e virar, por exemplo, rei George VII.

Antes de Charles III houve dois outros reis Charles:

— O rei Charles I chegou ao trono em 1625 e teve um fim trágico: morreu decepado em 1649. Isso aconteceu durante a Guerra Civil inglesa.

— O rei Charles II era uma criança quando se tornou rei. Ele teve que fugir para a França, exilado, depois de ascender ao trono. Ele voltou a Londres em 1660 e reinou até 1685.

Primogênito da monarca, Charles ocupa o trono após o reinado mais longo da história do Reino Unido – Elizabeth permaneceu à frente por mais de sete décadas.

Aos 73 anos, Charles também é o monarca mais velho a iniciar um reinado. Ele já vinha assumindo aos poucos as funções da mãe, em meio ao avanço da idade da monarca.

Além de Charles, Elizabeth II e o príncipe Philip – que morreu em abril de 2021, aos 99 anos – tiveram outros três filhos: a princesa Anne, o príncipe Andrew e o príncipe Edward.

Por ser o mais velho, Charles era o primeiro na linha de sucessão ao trono. Depois dele, está o seu primeiro filho, o príncipe William, e, na sequência, o filho mais velho de William, o príncipe George.

Agora, o novo rei deve participar de uma audiência com o primeiro-ministro e realizar um pronunciamento à nação, além de viajar pelo Reino Unido.

Príncipe

Charles tinha apenas 3 anos quando sua mãe assumiu o trono, após o falecimento do avô, o rei George VI. Aos 9 anos, ele se tornou príncipe de Gales, título tradicional do herdeiro do trono britânico. Ele também herdou outros títulos de seus pais, como duque da Cornualha e duque de Edimburgo.

Charles foi o primeiro herdeiro de Elizabeth II a ir para a escola e para a universidade. Entre as unidades de ensino, ele frequentou a Cheam School, nos arredores de Londres, Gordonstoun, no Norte da Escócia, e Trinity College, em Cambridge.

Longa espera

O príncipe esperou mais tempo do que qualquer um de seus antecessores para se tornar monarca. Em fevereiro de 2017, aos 90 anos, Elizabeth II celebrou o Jubileu de Safira, tornando-se a soberana com o mais longo reinado da história britânica. Na ocasião, a rainha completava 65 anos de trono.

Agora, após os 70 anos da monarca à frente do trono britânico, Charles é o rei mais velho a iniciar um reinado.

Casamento 

Charles se casou com Diana Spencer, a carismática princesa Diana, em 29 de julho de 1981. Cerca de 750 mil pessoas assistiram à cerimônia ao vivo pela televisão e outras 500 mil se aventuraram a acompanhar o evento presencialmente entre a Catedral de São Paulo e o Palácio de Buckingham.

Charles e Diana tiveram dois filhos: o príncipe William, nascido em 1982, e o príncipe Harry, em 1984.

Eles enfrentaram anos de problemas conjugais, que resultaram na separação em agosto de 1996. À época, Diana atribuiu o divórcio à recusa de Charles em terminar seu caso com a britânica Camilla Parker Bowles, considerada amante de longa data.

Charles disse ter permanecido fiel ao casamento “até que ele se desfez”. Em comunicado oficial, o Palácio de Buckingham anunciou que o divórcio foi totalmente amigável.

Um ano depois, em 31 de agosto de 1997, Diana morreu vítima de um acidente de carro, em Paris, na França, enquanto fugia de um paparazzi.

Camilla

Charles se casou com Camilla quase oito anos após a morte de Diana, em 2005. Ela se tornou, então, duquesa da Cornualha. Agora, vai se tornar “rainha consorte” – título que a rainha Elizabeth II disse esperar que seja reconhecido.

Isso porque, considerada pilar da separação entre Charles e Diana, Camilla não era querida pelo público – mas viu seu índice de aprovação crescer graças a seus numerosos compromissos junto à família real.

Na prática, uma rainha consorte tem a mesma posição social e o status do cônjuge. Historicamente, no entanto, não possui os mesmos poderes políticos.

Transição

O príncipe Charles já vinha assumindo as funções da mãe, em meio ao avanço da idade dela. Em maio deste ano, por exemplo, foi a primeira vez na história do reinado de Elizabeth que o príncipe substituiu a monarca na abertura do Parlamento Britânico.

Ela não compareceu ao Palácio de Westminster por problemas de mobilidade. Em 70 anos de mandato, Elizabeth II só havia faltado duas vezes ao discurso, nos anos em que ela estava grávida dos seus filhos Andrews e Edward.

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