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Mundo Chefe da diplomacia dos Estados Unidos quer ajuda do Brasil para pôr fim à guerra entre Israel e Hamas

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Blinken disse que conta com o apoio do Brasil para encontrar uma maneira de pôr fim ao conflito. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O secretário de Estado estadunidense, Antony Blinken, disse que, apesar das profundas discordâncias com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a atuação de Israel na guerra contra o grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza, conta com o apoio do Brasil para encontrar uma maneira de pôr fim ao conflito.

Blinken afirmou que a reunião de chanceleres do G-20 serviu para discutir uma solução de paz duradoura no Oriente Médio. Ele citou reiteradas vezes a necessidade de libertação dos reféns imediatamente e conseguir um cessar-fogo prolongado para encerrar o conflito.

Questionado se Israel, um aliado histórico, fazia todo o possível para que o conflito caminhe para seu final, Blinken respondeu que há no momento um esforço insuficiente por parte do governo do premiê Binyamin Netanyahu. Segundo ele, é necessário ampliar a entrada de recursos humanitários e atendimento médico no território de Gaza, sobretudo para cerca de 350 mil palestinos que ainda permanecem ao norte do enclave.

Discordâncias

Ao se reunir com Lula em Brasília na quarta-feira (21), o chefe da diplomacia dos Estados Unidos reiterou sua discordância sobre a comparação feita pelo petista entre a invasão israelense em Gaza, que deixou 30 mil mortos, e o Holocausto.

Em entrevista coletiva, Blinken deu detalhes da conversa. Segundo ele, foi uma troca de qualidade, que o deixou satisfeito porque puderam falar da agenda comum e de visões compartilhadas entre Lula e o presidente Joe Biden.

“Também temos diferenças em algumas questões, e nessa em particular, obviamente a comparação entre Gaza e o Holocausto, eu discordo profundamente”, afirmou o secretário de Estado, em entrevista coletiva no Rio, após a reunião de chanceleres do G-20. “Podemos ter discordâncias profundas e ainda assim continuar o trabalho vital que temos feito juntos.”

Segundo ele, Brasil e EUA compartilham objetivos no momento: resgatar os reféns, conseguir um cessar-fogo humanitário prolongado, juntamente com mais assistência humanitária e pôr fim ao conflito.

“Continuamos comprometidos em avançar nossa agenda comum tanto entre os Estados Unidos e o Brasil diretamente, como por meio da liderança do Brasil no G-20″, afirmou Blinken.

Blinken foi instado a explicar por que os EUA vetaram pela terceira vez uma resolução que pedia o cessar-fogo no Conselho de Segurança da ONU. Segundo ele, o país trabalha atualmente em uma proposta de acordo para libertação dos reféns e uma pausa humanitária. Os EUA consideram que o texto da resolução não abordava a questão dos reféns e atrapalharia as negociações, criando um cenário de “confusão” com a tratativa. “Aquela resolução por si só não resultaria no cessar-fogo”, disse.

Contenção da China

Sem citar o governo chinês, que disputa influência geopolítica e econômica na América Latina com os Estados Unidos, Blinken prometeu por em marcha uma coalizão para canalizar investimentos em infraestrutura na região, que não gere dívidas nos países e respeite o direito de trabalhadores. Blinken não falou em cifras da estratégia de contenção da China, que lançou há dez anos a iniciativa Belt And Road, informalmente conhecida como Nova Roda da Seda.

“Estamos agindo de uma forma que não sobrecarrega os países com dívidas”, disse o americano, com retórica anti-China velada.

A declaração é uma crítica velada a Pequim, a quem os americanos acusam de criar “armadilhas de dívida” com financiamentos de obras gigantescas de infraestrutura, que depois os países não conseguem pagar, além dos padrões de direitos trabalhistas em empresas chinesas.

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