O ex-árbitro Pierluigi Collina, que atualmente atua como presidente da Comissão de Arbitragem da Fifa (Federação Internacional de Futebol), propôs o fim dos rebotes em cobranças de pênaltis no futebol. Em entrevista ao jornal “La Reppublica”, o italiano defendeu os goleiros, que segundo ele, têm muito menos oportunidades que os cobradores nas penalidades.
“Acho que há uma lacuna enorme entre as oportunidades que o cobrador e o goleiro têm. Em média, 75% dos pênaltis terminam em gol. Além disso, há também a possibilidade da bola ricochetear no goleiro. Uma solução é a regra do tiro único, como nas disputas de pênaltis após a prorrogação. Não há rebote”, disse Pierluigi Collina.
Na prática, a proposta busca eliminar a possibilidade de gol no rebote de cobrança de pênalti, seja por defesa do goleiro ou bola na trave, assim como acontece nas disputas alternadas em competições mata-mata. Além disso, não haveria escanteio ou lateral para o time cobrador em caso de desvio, pois a não conversão da penalidade geraria tiro de meta automático.
A aglomeração de atletas na linha da grande área no momento das cobranças de pênaltis é outro argumento utilizado por Collina. Para o ex-árbitro, em caso de defesa do goleiro com rebote, o ideal seria paralisar a partida e recomeçá-la com tiro de meta.
“Ou você marca um gol ou o jogo recomeça com um tiro de meta, ponto final. Isso também eliminaria o espetáculo que vemos antes de um pênalti ser cobrado, com todos se aglomerando na área. Eles parecem cavalos nos portões de largada antes de uma corrida”, completou o presidente da Comissão de Arbitragem da Fifa.
Pierluigi Collina é um histórico árbitro, que apitou a final da Copa do Mundo de 2022 entre Brasil e Alemanha, que consagrou a Seleção como pentacampeã do mundo, e foi eleito pela IFFHS (Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol) o melhor da história do futebol. Desde 2017, preside a Comissão de Arbitragem da Fifa e é peça importante no desenvolvimento da tecnologia como auxílio dos árbitros. Collina trabalha para melhorar a qualidade das arbitragens e promover o uso de tecnologias como o VAR. No entanto, o órgão não tem jurisprudência sobre as regras do futebol, que ficam a cargo da Ifab (Federação Internacional de Futebol, quem regulamenta as regras do futebol). As informações são do portal de notícias Lance.