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Sobe o número de mortos pelo rompimento de barragem em Minas

Plano de emergência desprezado, sirenes que não tocaram e rotas de fuga equivocadas ampliaram a tragédia. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais registrou, até o início da madrugada deste sábado (26), nove mortes em decorrência do rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Vale, no município de Brumadinho. Durante a tarde, no entanto, o número aumentou para 34. A mineradora Vale divulgou uma lista com mais de 400 desaparecidos.

Além das 34 mortes confirmadas, o último balanço da corporação informa ainda o resgate de nove pessoas retiradas com vida da lama de rejeitos e de cerca de 100 pessoas que estavam ilhadas.

A mineradora divulgou, na manhã de sábado, uma lista com o nome das pessoas que não fizeram contato desde o rompimento da barragem. Mais de 400 pessoas, entre funcionários do quadro e terceirizados, integram o levantamento da mineradora.

De acordo com a empresa, a lista está sendo atualizada constantemente, conforme as pessoas são localizadas. “Se o seu nome está na lista, favor entrar em contato com a nossa ouvidoria para comunicar”, pediu a mineradora em comunicado. O telefone para atendimento é o 0800 821 500.

Bombeiros do Rio seguem para Minas para apoiar buscas em Brumadinho

Um grupo de integrantes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro seguiu na manhã deste sábado (26) para Minas Gerais. Ao todo são 41 militares que vão ajudar no trabalho de resgate das vítimas do rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Vale, na cidade de Brumadinho.

As equipes contam com uma aeronave, nove viaturas e três cães farejadores, que também foram levados à cidade mineira para auxiliar nos trabalhos de buscas. O helicóptero enviado pelo governo do Estado do Rio já está no local.

O envio das equipes foi oferecido na tarde de ontem pelo governador Wilson Witzel durante uma conversa com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

O governador Witzel agradeceu o empenho da equipe de bombeiros do Rio e acrescentou que o momento é de apoiar os trabalhos no local. “É hora de solidariedade”, disse.

O rompimento da barragem B1 ocorreu no início da tarde de sexta (25), na Mina Córrego do Feijão. A quantidade de rejeito acumulado na estrutura fez com que uma outra barragem transbordasse. A lama atingiu uma área administrativa da companhia e parte da comunidade de Vila Ferteco.

ONU lamenta tragédia

A ONU (Organização das Nações Unidas) no Brasil lamentou “as incomensuráveis perdas de vidas e os significativos danos ao meio ambiente e assentamentos humanos”, causados pelo rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Vale em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais.

A ONU apresentou seu profundo pesar e solidariedade aos familiares das vítimas e se colocou à disposição para apoiar as ações das autoridades brasileiras “na rápida remoção das vítimas e no estabelecimento de condições dignas aos eventuais desabrigados e à população atingida”.

A nota diz ainda que a “rigorosa apuração” dos fatos que levaram a essa tragédia será acompanhada atentamente pelos brasileiros e pela comunidade mundial: “O Sistema ONU no Brasil colaborará com as autoridades e a sociedade civil brasileiras para superar os desafios impostos pelo rompimento da barragem”.

Leia a nota na íntegra:

“O Sistema das Nações Unidas no Brasil apresenta seu profundo pesar e solidariedade aos familiares das vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais.

A ONU lamenta as incomensuráveis perdas de vidas e os significativos danos ao meio ambiente e assentamentos humanos. O Sistema ONU está à disposição para apoiar as ações das autoridades brasileiras na rápida remoção das vítimas e no estabelecimento de condições dignas aos eventuais desabrigados e à população atingida. A rigorosa apuração dos fatos que levaram a essa tragédia será acompanhada atentamente pelos brasileiros e pela comunidade mundial.

O Sistema ONU no Brasil colaborará com as autoridades e a sociedade civil brasileiras para superar os desafios impostos pelo rompimento da barragem.”

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