Sábado, 16 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de outubro de 2015
De tempos em tempos surgem notícias na imprensa sobre um alimento que faz mal à saúde. De repente, outra notícia muda o conceito e ele passa a ser bom. Foi assim com a manteiga, o sal, e muitos outros. Atualmente, o assunto que domina a preocupação dos consumidores e das informações que envolvem saúde/gastronômicas é o glúten, mistura das proteínas presentes em diversos cereais, como o trigo, a cevada, o centeio e a aveia. Restaurantes exibem em seus cardápios o destaque “não contém glúten” rotulando os pratos cada vez mais.
Para aumentar mais o debate e questionar as consequências das dietas da moda, surge a obra A Mentira do Glúten para ser a resposta de muitas perguntas. A obra do professor americano Alan Levinovitz mostra aos leitores como livrar-se da culpa e começar a saborear a sua comida novamente. Um livro que discute a obsessão em saber quais alimentos são mais adequados para a saúde.
O americano identificou um componente de fé nos modismos alimentares, como o vegetarianismo, o crudivorismo e outras dietas restritivas. Por dois anos, ele revisou centenas de pesquisas científicas e entrevistou médicos e cientistas. O resultado está em seu livro, onde o autor concluiu que, da mesma forma que os dogmas religiosos, o radicalismo nos hábitos alimentares se utiliza de padrões de comportamento para dar as pessoas a segurança de se sentirem parte de um grupo e de estar fazendo algo que as tornará seres humanos melhores.
Para alguns médicos e nutricionistas, glúten, sal, açúcar e gordura são os vilões das dietas. Porém, a ciência está longe de obter um consenso sobre que tipo de nutrição seria a mais adequada para cada tipo de pessoa. Nesse estudo, Levinovitz expõe os mitos por trás das crenças difundidas de porque algumas comidas são saudáveis e outras são ruins. Sua meta é indicar o caminho para uma vida saudável, livre de culpa e ansiedade em relação aos hábitos alimentares.
O autor
Alan Levinovitz é professor assistente de religião na James Madison University. Seu trabalho acadêmico concentra-se na interseção entre a religião e a medicina. Durante a graduação, ele estudou filosofia e religião na Universidade de Stanford. Recebeu seu doutorado em religião e literatura na Universityof Chicago DivinitySchool. Suas publicações apareceram na Slate, Wired, The LA Reviewof Books, The Believer, e no The Millions, bem como nas revistas acadêmicas.