“Ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil.” A frase é atribuída ao naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire, que esteve no Brasil entre 1816 e 1822, estudando a flora. Referia-se à espécie de formiga cortadeira das folhas das plantas, que prejudicavam a lavoura.
Toda a vez que o governo gaúcho vai a Brasília fazer reivindicações justas e recebe migalhas na forma de grande favor, a frase do francês é relembrada com pequena modificação: ou o Brasil muda a Federação ou a Federação acaba com o Brasil.
Contra os guinchos
A Câmara analisa projeto de lei idêntico ao aprovado pela Assembleia gaúcha e vetado pelo Executivo. Obriga órgãos de fiscalização de trânsito, em todo o país, a contar com aparelhos eletrônicos que permitam ao condutor de veículo pagar, no momento da abordagem, impostos, taxas, multas ou outras despesas. A regularização dos débitos evitará remoção ao depósito. O autor é o deputado federal Maurício Dziedricki.
Passageiros privilegiados
O Senado trata com lentidão de teco-teco o projeto que limita o uso de jatinhos da Força Aérea Brasileira por autoridades do governo federal, familiares e amigos. Sabemos todos quem paga a conta.
Acertou
A 14 de fevereiro de 1985, o presidente eleito Tancredo Neves previu que as populações das capitais dos Estados iriam eleger, no final daquele ano, prefeitos para mandato de três anos. Ele apoiava o projeto de emenda constitucional que tramitava no Congresso com assinaturas de dois terços dos senadores e deputados federais. A previsão se confirmou a 15 de novembro.
Sem ilusões
Tancredo Neves dizia que “política é destino”. Torna-se indispensável aos pretendentes construírem dentro de si o desejo e a determinação de querer se voltar ao interesse público. Senão, vira um vazio fraudulento.
Não vão além das palavras
No Fórum Econômico Mundial, realizado em janeiro, na Suíça, o assunto das mudanças climáticas entrou na pauta de chefes de Estado, pesquisadores, acadêmicos, empresários, pensadores e celebridades. Houve muita conversa fiada. De efetivo, não acontece nada.
De assustar
A Antártica registrou, domingo passado, temperatura acima dos 20 graus pela primeira vez. Se isso não for considerado um alerta muito grave…
Águas sobem e paciência diminui
O economista Paulo Rabello faz um diagnóstico exato sobre as enchentes em cidades brasileiras: “Drenagem insuficiente, rios urbanos entupidos por detritos e esgotos irregulares, moradias penduradas nas fraldas dos barrancos, obras de governos inacabadas por pouca gestão e muito roubo.”
O tempo corre
A história da civilização é a da luta do homem para vencer a natureza. Vai destrui-la se milhões de chaminés continuarem jogando fumaça na atmosfera todos os dias. Além dos veículos com a queima de combustíveis. Já existem filtros capazes de reduzir os danos brutais.
A conta é longa
O deputado federal Pedro Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, anuncia a criação na Câmara da CPI dos Penduricalhos. Para começar, quer saber a quanto vão os privilégios no serviço público com auxílio creche, paletó, mudança, livros, saúde, jornais e alimentação. Depois, tratará do resto.
Para já
O deputado Adolfo Brito apela e com razão ao Executivo para que homologue com urgência o estado de emergência de mais de 100 municípios, afetados pela estiagem. Na próxima semana, como presidente da Comissão de Agricultura, exigirá a criação de um projeto de irrigação no Rio Grande do Sul. Deveria existir há muitos anos.
Falta exigir
A Petrobras baixou os preços do diesel, da gasolina e do gás de bujão. Falta agora os consumidores exigirem a queda nos postos e nos demais pontos de vendas.
Sinal de briga em família
O ministro da Economia, Paulo Guedes, é autor da mancada da semana. Chamou servidores públicos de “parasitas” e agora tenta remediar. Levou puxão de orelhas, porque atingiu também sua mãe.
Em cartaz
Volta às telas de Brasília o filme Dança das Cadeiras. O elenco muda, mas o enredo é sempre o mesmo.