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Economia A China advertiu o presidente Donald Trump que não ficará de braços cruzados se os Estados Unidos taxarem o aço

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Países têm reagido ao anúncio do presidente americano de impor tarifa de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio importados. (Foto: Reprodução)

A China não quer uma guerra comercial com os Estados Unidos, mas o governo chinês não ficará de braços cruzados e tomará “as medidas necessárias” para defender seus interesses, afirmou nesse domingo Zhang Yesui, porta-voz do parlamento chinês.

“A China não quer uma guerra comercial com Estados Unidos, mas, se os EUA aprovarem ações que afetem os interesses chineses, a China não ficará de braços cruzados e tomará as medidas necessárias”, disse Yesui em um briefing antes da sessão anual do parlamento chinês, que começa nesta semana.

Zhang também alertou a Washington que “as políticas baseadas em juízos ou presunções equivocadas danificam as relações e trazem conseqüências que nenhuma parte gostaría de ver”. A declaração ocorre após o presidente americano, Donald Trump, anunciar na quinta-feira que o país vai impor uma tarifa de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio importados para proteger os produtores dos Estados Unidos.

Decisão de Trump

Donald Trump afirmou nesta quinta-feira que seu governo vai definir tarifas de importação de aço e alumínio de 25% e 10%, respectivamente, na próxima semana. Em reunião com representantes da indústria dos EUA na Casa Branca, Trump prometeu reconstruir os setores de siderurgia e alumínio do país, afirmando que eles têm sofrido competição desleal de outros países há décadas.

O governo Trump afirma que as tarifas vão proteger a indústria norte-americana de aço e alumínio, mas críticos dizem que aumentariam custos para a indústria e não conseguiriam impulsionar a geração de emprego no país.

Os EUA também citam questões de segurança nacional na definição das tarifas, afirmando que o país precisa de oferta doméstica para seus tanques e navios de guerra. O Departamento de Defesa já vinha recomendando tarifas direcionadas para aço e um adiamento nas que envolvem alumínio.

O setor siderúrgico dos EUA perdeu quase três quartos da força de trabalho entre 1962 e 2005, mas um grande estudo da Associação Econômica Americana afirma que a maior parte das demissões ocorreu devido à tecnologia de produção melhorada, com aumento de cinco vezes da produtividade por trabalhador.

Outras reações

O anúncio vem gerando reações. Na sexta-feira, a União Europeia ameaçou taxar empresas americanas como a Harley-Davidson e a Levi’s se Trump levar a decisão adiante. “Isto é basicamente um processo estúpido, o fato te termos que fazer isso. Mas temos que fazê-lo. Vamos impor tarifas sobre motocicletas, Harley Davidson, sobre os jeans, Levi’s, sobre bourbon”, afirmou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

Para o FMI (Fundo Monetário Internacional), as tarifas são danosas à economia global e dos EUA. O FMI pediu aos países para trabalharem para resolver discordâncias comerciais sem atos extremos. O Canadá considerou a medida “inaceitável”.

Brasil afetado

O Brasil deve ser um dos países mais afetados pela medida. Mais de 40% da produção de aço brasileira é exportada, e o mercado americano é o principal destino (32,9% das exportações, contra 9,2% da Argentina e 6,6% da Alemanha).

O Brasil é o segundo país que mais exporta aço para os EUA (4,7 milhões de toneladas em 2017), atrás apenas do Canadá (5,8 milhões) e à frente de Coreia do Sul (3,7 milhões), México (3,2 milhões) e Rússia (3,1 milhões).

O ministro brasileiro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Marcos Jorge de Lima, afirmou que o governo Temer pode recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio) contra a taxa. A preocupação com uma guerra comercial derrubou bolsas pelo mundo, inclusive nos EUA. No Brasil, a bolsa subiu, mas a medida derrubou ações de siderúrgicas brasileiras.

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