Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de janeiro de 2021
Crescimento no número de contágios preocupa as autoridades devido à aproximação da grande migração do Ano-Novo chinês, que este ano acontece em 12 de fevereiro
Foto: ReproduçãoAs principais estradas que levam a Shijiazhuang, na China, foram bloqueadas nesta quarta-feira (06), em uma tentativa das autoridades de conter um foco de coronavírus nesta grande cidade de 11 milhões de habitantes, próximo a Pequim.
As autoridades fecharam 10 estradas que levam à cidade situada 300 quilômetros ao sul da capital, assim como um terminal rodoviário, para evitar que o contágio se propague para fora de Shijiazhuang. As escolas também foram fechadas.
Shijiazhuang, capital da província de Hebei, registrou 117 contágios, 63 deles anunciados nesta quarta. Do total, 78 são assintomáticos. Um de seus distritos, Gaocheng, é considerado de “alto risco” e foi isolado. Este setor de 40 mil habitantes é o único território do país com esta classificação.
Todos os habitantes foram submetidos a testes de detecção, segundo as autoridades de saúde. A televisão nacional exibiu imagens de controles rodoviários e de enfermeiros com trajes de proteção organizando exames nos residentes. A emissora também mostrou imagens de funcionários municipais limpando as ruas de Shijiazhuang.
A China, onde o coronavírus foi detectado há um ano, erradicou em grande medida a pandemia na primavera (no hemisfério norte, outono no Brasil), mas durante os últimos dias o balanço oficial de contágios aumentou, embora continue muito inferior aos registrados no Exterior.
O aumento preocupa as autoridades com a aproximação da grande migração do Ano-Novo chinês, que este ano acontece em 12 de fevereiro. As festividades provocam a maior migração do mundo, pois centenas de milhões de trabalhadores deixam as grandes cidades para visitar suas famílias.
Além disso, uma equipe da OMS (Organização Mundial da Saúde) deve desembarcar na China em breve para investigar a origem do vírus, mas a organização anunciou na terça-feira (05) que os especialistas não receberam um visto de entrada no país, embora alguns já estejam a caminho.