Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de maio de 2023
A China manifestou, no sábado (20), seu “forte descontentamento” com o comunicado publicado pela cúpula do G7, no mesmo dia, na cidade japonesa de Hiroshima. O texto feito pelos países contém críticas a sua política no Mar do Sul da China, ao respeito aos direitos humanos e a suas supostas intervenções nos países do bloco.
A cúpula das sete maiores economias do mundo (EUA, Canadá, Japão, França, Reino Unido, Alemanha e Itália) começou na sexta-feira (19) e terminou neste domingo (21), com a presença dos dirigentes desses países, e de outros convidados, como o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Em seu comunicado, o G7 pede à China que “não realize atividades de intervenção” em seus países-membros, e expressa “preocupação” pelos direitos humanos, “especialmente no Tibete e em Xinjiang”.
Além disso, os líderes dos sete países ressaltam “a importância da paz e da estabilidade” no estreito de Taiwan, e expressam grande preocupação pela situação no Mar do Sul da China, acusando Pequim, indiretamente, de “coerção”.
Guerra na Ucrânia
Sobre a guerra na Ucrânia, o G7 também pediu à China, um aliado econômico e diplomático de Moscou que se mantém neutro sobre o conflito, “pressionar a Rússia para cessar sua agressão”.
“O G7 está obstinado em manipular as questões relacionadas com a China. Desacredita e ataca a China”, lamentou um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, expressando a “firme oposição” de Pequim.
“A China manifesta seu forte descontentamento e sua firme oposição, e apresentou uma queixa oficial ao Japão, país que recebe a cúpula, e às outras partes envolvidas”, acrescentou.
Sobre Taiwan, o ministério chinês reprova o fato de os países do G7 apenas apontarem contra Pequim e não demonstrarem uma oposição clara ao movimento independentista taiwanês.
“O G7 apregoa que quer avançar para um mundo pacífico, estável e próspero. Mas, na realidade, cria obstáculos para a paz mundial, prejudica a estabilidade regional e inibe o desenvolvimento de outros países”, afirmou o porta-voz.
O comunicado do G7 é fruto de negociações entre países como os Estados Unidos, que defendem uma posição mais firme com o gigante asiático, e outros do lado europeu, que insistem em evitar o clima de “confrontação”. As informações são da agência de notícias AFP.