Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 27 de fevereiro de 2016
A China está obstinada no plano de encontrar vida extraterrestre – e não se importa com as consequências. Segundo o The New York Times, 9 mil pessoas serão desalojadas na província de Guizhou para a construção de um sistema definitivo de comunicação com os seres espaciais.
Trata-se do radiotelescópio esférico Fast, que custará aproximadamente 732 milhões de reais. Quando finalizado, em setembro deste ano, ele terá 500 metros de diâmetro (a estrutura principal é contornada em forma circular) – o equivalente a 30 campos de futebol – e será o maior do mundo em sua categoria.
Superestrutura.
Serão 4,5 mil painéis triangulares que criarão uma “superantena parabólica” que refletirá sinais de rádio de vários pontos do Universo. O governo chinês espera que a alta precisão do radiotelescópio permita aos astrônomos estudar a Via Láctea e outras galáxias, além de detectar estrelas a milhões de distância da Terra.
A depressão Karst, onde o radiotelescópio está sendo construído, é grande o suficiente para acomodar a estrutura e ainda permitir que ela seja posicionada a um ângulo de 40 graus. Segundo os responsáveis pela construção, o refletor principal irá corrigir o desvio esférico do chão sem sistemas de alimentação complexos.
Indignação.
É verdade que detectar sinais alienígenas no espectro terrestre não é o único objetivo do telescópio, mas é a pesquisa com ETs que mais causou indignação. Ao todo, 2.029 famílias serão realocadas para que um ambiente eletromagnético e sonoro propício seja criado na região – que é uma das mais pobres de toda a China. Cada pessoa receberá o equivalente a 7,16 mil reais para adquirir uma nova residência. A remoção de famílias para grandes obras é comum na China.