Sábado, 26 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 15 de julho de 2022
Uma onda de calor intenso levou o governo chinês a abrir abrigos antiaéreos para que as pessoas possam se proteger das altas temperaturas. Cidades das províncias de Sichuan, Jiangsu e Zhejiang emitiram um alerta vermelho após as temperaturas chegarem a 42°C, segundo o Centro Meteorológico da China. A populosa Xangai emitiu na quinta-feira, pela terceira vez neste verão, alerta máxima de calor extremo. Segundo especialistas, o forte calor que começou há três semanas deve se estender até a semana que vem, aumentando o consumo de energia. Para manter o abastecimento, Pequim restringiu o uso de eletricidade em algumas indústrias de alto consumo. Também a Europa enfrenta uma onda de calor intenso, com o tempo seco e temperaturas acima de 40° C provocando incêndios florestais em Portugal, Espanha, França e Croácia.
Luta contra as chamas
Os bombeiros continuavam, nesta sexta-feira (15), sua luta implacável contra as chamas na França e na Península Ibérica, onde as temperaturas sufocantes não deram trégua, enquanto o Reino Unido declarou emergência nacional para algumas regiões, que podem chegar ou ultrapassar os 40ºC pela primeira vez na segunda e terça-feira – a temperatura mais alta no país foi de 38,7°, registrada no Jardim Botânico da Universidade de Cambridge, em 25 de julho de 2019. Na Irlanda, os termômetros podem chegar a 33,3ºC, um recorde absoluto que não é quebrado desde 1887.
“Temperaturas excepcionais, talvez recordes, provavelmente acontecerão no início da próxima semana”, disse em comunicado Paul Gundersen, o meteorologista-chefe do Met Office, a autoridade de clima do Reino Unido. “As noites também devem ser excepcionalmente quentes, especialmente nas áreas urbanas”, acrescentou.
No site do Met Office, um alerta vermelho de nível 4 é definido como uma emergência nacional e é usado quando uma onda de calor “é tão grave e/ou prolongada que seus efeitos se estendem para fora do sistema de saúde e assistência social”.
Grande parte da Europa enfrenta uma forte onda de calor nas últimas semanas, com diversos países registrando temperaturas de 40º ou mais, como Portugal, Espanha, França e Croácia.
Na região da Estremadura, no sudoeste espanhol, na fronteira com Portugal, onde milhares de hectares queimam desde o início da semana, um novo incêndio foi declarado na tarde de quinta-feira. E, nesta sexta, esse foco apresentava uma “evolução desfavorável” e que ameaça o Parque Nacional de Monfragüe, uma área natural protegida por sua biodiversidade.
Do outro lado da fronteira em Portugal, mais de 2.000 bombeiros combatiam nesta sexta quatro grandes incêndios no norte e centro do país. De acordo com a proteção civil portuguesa, os incêndios já deixaram um morto e cerca de 60 feridos.
Embora a situação tenha melhorado um pouco, o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu na quinta-feira à noite que as pessoas se mantenham vigilantes. Desde o início do ano, pouco mais de 30.000 hectares arderam em Portugal, o número mais alto desde 15 de julho de 2017, ano em que os incêndios deixaram 100 mortos.
Em Portugal, que atingiu os 47ºC na quinta-feira no norte do país, um recorde para um mês de julho. As informações são do jornal Valor Econômico e da agência de notícias AFP.