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Cid Moreira: confira os pedidos que o jornalista fez antes de morrer

Revelações foram feitas pela esposa do jornalista durante entrevista a programa de televisão

O apresentador Cid Moreira, que morreu aos 97 anos na manhã desta quinta-feira (03), por insuficiência renal, pediu à esposa para ser enterrado na cidade natal, Taubaté, ao lado da primeira esposa, da filha e da neta que já faleceram.

A revelação foi feita pela esposa do apresentador, Fátima Sampaio Moreira, durante o programa “Encontro com Patrícia Poeta”, da TV Globo, nesta quinta-feira, pouco depois da confirmação da morte do jornalista.

“Ele falou para mim que queria ser enterrado em Taubaté. Ele queria ficar perto da primeira esposa. Da filha que foi. Do neto que foi. Já conversei com os queridos dele que estão lá e vão providenciar”, contou.

Durante a entrevista, Fátima disse que o casal conversava abertamente sobre a morte e contou que o companheiro era “muito espiritualizado”. “Ele é muito espiritualizado. Era tranquilão. Falar disso não havia nem problema e nem vergonha no casal”, disse.

Fátima também contou que planeja fazer duas cerimônias de despedida do jornalista no estado do Rio de Janeiro. “Ele ama Petrópolis. Faremos uma despedida aqui antes. Fazer uma despedida no Rio, talvez”, disse.

A apresentadora Patricia Poeta falou sobre a entrevista e relatou o que Fátima falou minutos antes de entrar no ar. “Ela me ligou e falou: ‘Acho que o Cid está chegando ao fim’. Quando eu estava me preparando para entrar no programa, ela me ligou e falou: ‘Patricia, Cid acabou de nos deixar. Estou com o doutor, ele pode te explicar o que aconteceu, mas vou lá me despedir do Cid e daqui a pouco a gente conversa’.”

Cid Moreira morreu aos 97 anos por volta das 8h desta quinta-feira, em um hospital de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Nascido em 1927, ele foi apresentador do Jornal Nacional por 26 anos.

Inconfundível por sua voz grave, Cid Moreira tornou-se contador aos 15 anos, na rádio Difusora de Taubaté, antes de migrar para a Rádio Bandeirantes, em 1947. Nos anos seguintes, o comunicador se destacou em outras rádios como narrador até se tornar nacionalmente conhecido por apresentar pela primeira vez o Jornal Nacional, da TV Globo, em 1969.

Quando deixou o noticiário, em 1996, ele se tornou o âncora com mais tempo no comando de um jornal no Brasil. William Bonner, no entanto, ultrapassou sua marca e está há 28 anos como apresentador do principal telejornal da emissora carioca.

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