Prêmio Nobel de Medicina vai para trabalhos sobre genoma de ancestrais humanos
O cientista sueco Svante Pääbo ganhou o Prêmio Nobel de Medicina deste ano por suas descobertas sobre os genomas de hominídeos extintos e a evolução humana. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (03), em Estocolmo, na Suécia.
Ao explicar as diferenças genéticas que distinguem os seres humanos vivos desses ancestrais já extintos, o trabalho do cientista deu origem a um campo científico totalmente novo: a paleogenética.
“Suas descobertas fornecem a base para explorar o que nos torna exclusivamente humanos”, afirmou o comitê organizador do prêmio. “As diferenças genéticas entre o Homo Sapiens e nossos parentes mais próximos agora extintos não eram conhecidas até que foram identificadas graças ao trabalho de Pääbo.”
O fluxo antigo de genes para os humanos modernos tem um impacto fisiológico, por exemplo, na forma como nosso sistema imunológico responde a infecções.
Pääbo faturou 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 4,8 milhões). Ele nasceu em 20 de abril de 1955, em Estocolmo. Atualmente, o biólogo é afiliado ao Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária, em Leipzig, na Alemanha, e ao Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa, no Japão.
Primeira anunciada
A láurea em medicina é sempre a primeira a ser anunciada pelos Prêmios Nobel. As distinções em Física, Química, Literatura e Paz serão entregues nesta semana. Já a láurea em Economia será divulgada na próxima segunda (10).
O pai do sueco, Sune Bergström, venceu o Nobel de Medicina em 1982. O prêmio inclui uma quantia de 10 milhões de coroas (R$ 4,87 milhões). No ano passado, o prêmio foi atribuído aos americanos Ardem Patapoutian e David Julius por suas descobertas sobre a maneira como o sistema nervoso percebe a temperatura e o toque.