Por Redação O Sul | 25 de dezembro de 2020
A mosca gigante foi encontrada no litoral paulista
Foto: DivulgaçãoCientistas brasileiros descobriram a maior mosca-da-madeira já registrada no mundo. A fêmea foi encontrada dentro do Instituto de Biologia Marinha e Meio Ambiente de Peruíbe, no litoral de São Paulo.
Esse foi o primeiro registro da espécie, que é rara e pouco catalogada, no litoral paulista. Segundo registros, as fêmeas dessa espécie chegam a medir até 5 centímetros de comprimento e 7,5 centímetros de envergadura, pesando entre 2,5 e 2,8 gramas. A mosca encontrada no instituto mede 6,2 centímetros, com 7,9 centímetros de envergadura, e pesa 4,59 gramas.
A mosca gigante foi confundida com um beija-flor, segundo o cientista e pesquisador Edris Queiroz. “Ela estava voando no instituto, mas pensamos que fosse um beija-flor [por causa do tamanho], mas chegamos mais perto e percebemos que era uma mosca”, contou.
O inseto foi capturado e enviado à Universidade de Brasília, sendo identificado como uma fêmea da espécie Pantophthalmus Tabaninus. “Encontrar um inseto tão grande no litoral nos surpreendeu. Ficamos preocupados, também, com um possível desequilíbrio ecológico”, disse Queiroz.
Para o biólogo, a importância de relatar e registrar o aparecimento desses insetos é por conta dos riscos de danos ambientais. “Essa espécie é prejudicial às árvores. Ela bota larvas dentro dos troncos, que começam a comer tudo por dentro. Algumas árvores podem vir a cair com o tempo”, explicou.
Ainda segundo o biólogo, o registro busca mapear e entender o motivo do aparecimento do inseto. “Para saber se é algum desequilíbrio ou se faz parte da cadeia ecológica do Estado de São Paulo”, disse. Além disso, o registro informará a comunidade científica que a espécie está presente nessa região e abrirá campo para mais pesquisadores da área.
