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Brasil Cientistas criam banco de dados para ajudar a desenvolver remédios e vacinas contra o coronavírus

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Pesquisadores do Pará e do Amazonas estão estudando o sequenciamento genético do novo coronavírus. (Foto: Reprodução/TV Brasil)

Pesquisadores do Pará e do Amazonas estão estudando o sequenciamento genético do novo coronavírus. O novo retrato da pandemia começou com a coleta de 3,3 mil amostras de pessoas infectadas, em nove estados. Os cientistas querem saber como a doença está se espalhando nas capitais e principalmente no interior, onde o coronavírus mais avança hoje.

O caminho é pelo sequenciamento do genoma, o material genético do vírus. Os pesquisadores analisam toda a cadeia de DNA para descobrir se existem mutações no coronavírus que podem influenciar na forma com que ele afeta a população.

Os primeiros resultados vieram do Amazonas, um dos estados mais atingidos pela pandemia. Cientistas da Fiocruz encontraram três variações do coronavírus na região. Duas delas, em pequenas cidades onde só é possível chegar depois de longas horas de barco.

Até agora os cientistas encontraram na Região Norte os mesmos tipos de coronavírus que se espalharam por países da Europa, nos Estados Unidos e na Austrália. Mas a pesquisa também já constatou que eles sofreram mutações quando começaram a circular dentro do Brasil. Essas descobertas vão ajudar a esclarecer, por exemplo, se há casos em que uma variação do coronavírus pode ser mais letal ou mais contagiosa do que outra.

“Às vezes uma mutação, ela não necessariamente significa que vai ser um vírus mais mortal, mas que se espalha mais. Se ele se espalha mais, você vai ter mais casos e eventualmente mais casos de óbitos”, destaca Felipe Naveca, pesquisador da Fiocruz- AM.

O estudo é conduzido pelo Instituto Tecnológico Vale, de Belém, e pela Fiocruz Amazônia. Reúne mais de 50 pesquisadores das cinco regiões brasileiras. A criação deste grande banco de dados sobre o perfil do coronavírus no país também pode ajudar no desenvolvimento de exames de diagnóstico mais precisos, medicamentos e vacinas. Depois de mapear a Covid-19, a ideia é aproveitar o mesmo método de pesquisa para estudar outros vírus como dengue e zika.

“O estabelecimento de uma rede que consegue captar material, processar o sequenciamento e fazer a análise em escala e em velocidade pode contribuir com o monitoramento de outros vírus que circulam também pelo país”, afirma Guilherme Oliveira, diretor do Instituto Tecnológico Vale.

Pesquisadora carioca

A cientista brasileira Sue Ann Costa Clemens acompanhou o primeiro voluntário no Rio que receberia a vacina contra o coronavírus na última sexta-feira (10). Desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, a fórmula que passou a ser testada em brasileiros em junho – a meta é vacinar 5 mil pessoas entre Rio, São Paulo e Salvador – iniciou sua rota rumo ao Brasil em 5 de maio.

Foi nesse dia que Clemens recebeu a ligação de Andrew Pollard, coordenador da pesquisa de Oxford. Ele a convidou, então, para ser a investigadora chefe dos testes clínicos da vacina no Brasil.

Aos 52 anos, Clemens aceitou o convite do pesquisador e, como costuma precisar, 44 dias depois daquela ligação, aconteceria a inauguração do centro de triagem em São Paulo, capitaneado pela Unifesp. Àquela altura, ela também já havia conseguido financiamento do Instituto D’Or e da Fundação Lemann para os testes no Brasil. Seu trabalho agora é coordenar os centros brasileiros que recebem os voluntários e que vão acompanhá-los ao longo de um ano.

No mundo todo, 50 mil pessoas serão recrutadas para participar dos testes clínicos da chamada AZD1222 – as iniciais são da farmacêutica AstraZeneca, que adquiriu a fórmula e firmou acordo com o Brasil para que a vacina, além de testada, seja produzida no país, em Bio-Manguinhos, unidade de imunobiológicos da Fiocruz. Em outubro, resultados parciais do Brasil, da África e do Reino Unido (a sede do estudo onde 6 mil pessoas já foram vacinadas) devem alimentar um estudo prévio de eficácia, para o início da produção da vacina.

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