Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 15 de dezembro de 2015
Queda de cabelo é um dos principais terrores dos homens, mas o problema da calvície está com os dias contados. Pelo menos é o que garante um grupo de cientistas da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, que estão testando uma substância em gel produzida a partir do sangue do próprio paciente e injetada na região afetada do couro cabeludo.
De acordo com o jornal britânico Daily Mail, o gel contém plasma rico em plaquetas – pequenas partículas de glóbulos produzidos pela medula óssea – que ajuda no crescimento e restauração das células. O plasma é feito através de uma pequena quantidade de sangue retirada das veias do braço e que depois é processada em uma centrífuga que bombeia o sangue em alta velocidade, separando-o em seus diversos componentes.
Esse tipo de procedimento já é utilizado para tratar lesões nos tendões e queimaduras, pois libera várias proteínas diferentes, hormônios e citocinas que estimulam a cicratização de ossos e tecidos moles. Por isso existe a chance de se aplicar no couro cabeludo para conter a queda e estimular o crescimento dos fios.
Spencer Stevenson, especialista no assunto e fundador da Spexhair, disse que a utilização do gel tem sido usada em alguns casos, mas ele continua cauteloso. “Ainda não está comprovada sua eficácia total. Falei com inúmeros pacientes que tentaram sem sucesso. Alguns médicos até relatam melhora significativa em outros casos, mas uma parte acredita que isso não oferece nenhum benefício”, comenta.
Causas da calvície.
“A calvície é um problema genético”, explica a médica dermatologista Bruna Duque. A condição é causada por uma reação de um derivado da testosterona (o hormônio masculino) com a região do couro cabeludo. “O fio fica menor, mais claro e mais fino”, afirma. Na maior parte dos casos, é possível saber que uma pessoa ficará careca a partir dos 18 anos. E é entre 20 e 35 anos que a queda de cabelos se consolida.
No Brasil, o problema assola 42 milhões de cidadãos, segundo dados da SBEC (Sociedade Brasileira para Estudo do Cabelo). De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), metade da população masculina do planeta terá algum grau da disfunção até os 50 anos.