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Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul são afastados por suposta venda de sentenças

Generais veem deslealdade e traição na páginas da PF que examinou a conduta de 78 militares. (Foto: PF/Divulgação)

Cinco desembargadores do TJ-MS (Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul) foram afastados das suas funções nesta quinta-feira (24) em razão de uma investigação que apura corrupção e venda de sentenças. Entre os magistrados, está o presidente da Corte, Sérgio Fernandes Martins.

Os afastamentos, pelo prazo inicial de 180 dias, foram determinados pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), que também autorizou a PF (Polícia Federal) a cumprir, com apoio da Receita Federal, 44 mandados de busca e apreensão contra eles, outros servidores públicos, nove advogados, além de empresários suspeitos de se beneficiarem do esquema. A Operação Ultima Ratio foi realizada em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT).

Foram afastados pelo STJ os desembargadores Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJ-MS; Vladimir Abreu da Silva; Alexandre Aguiar Bastos; Sideni Soncini Pimentel e Marco José de Brito Rodrigues.

Também foram afastados o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso do Sul Osmar Domingues Jeronymo e o servidor do TJ-MS Danillo Moya Jeronymo, seu sobrinho.

Ainda são investigados um juiz de primeira instância, dois desembargadores aposentados e um procurador de Justiça.

Uso de tornozeleira eletrônica

Os cinco desembargadores afastados terão que usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de acessar as dependências dos órgãos públicos e de se comunicar com outras pessoas investigadas.

Segundo as investigações, entre os crimes cometidos pelo grupo estão lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação e organização criminosa.

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