Sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de novembro de 2024
Com o enorme sucesso de “Wicked” na Broadway, desde a sua estreia em 2003, era questão de tempo para que o musical ganhasse versão para o cinema. A empreitada ficou a cargo do sino-americano Jon M. Chu, que vem de dois filmes muito bem-sucedidos: a comédia romântica “Podres de ricos” (2018) e o musical “Em um bairro de Nova York” (2021). Chu dividiu o longa, sem necessidade, em duas partes – da mesma forma que são os dois atos no teatro. Esta primeira parte que chega aos cinemas agora segue com poucas mudanças do material original, com a diferença de ser muito maior em minutagem. O resultado é satisfatório, mas não era necessário usar 160 minutos, o que pode resultar em certo cansaço para os espectadores.
A trama apresenta a história não contada das bruxas de Oz: Elphaba (Cynthia Erivo), uma jovem discriminada por causa de sua pele verde, e Glinda (Ariana Grande, roubando todas as cenas em que aparece), que desfruta de popularidade e privilégios. A dupla se conhece na Universidade Shiz, em Oz. Fatos que se sucedem e a relação entre elas acabarão por levar as duas a cumprir seus destinos como Glinda, a Boa, e a Bruxa Má do Oeste.
“Wicked” reconta a narrativa das bruxas por uma perspectiva diferente de “O mágico de Oz” (1939), demonstrando que a Bruxa do Oeste não era malvada, mas perseguida por tentar corrigir as perversidades que aconteciam em Oz. O livro que originou a peça tem temas importantes como homofobia e racismo, mas que foram suavizados no espetáculo. E o diretor Jon M. Chu mantém esse mesmo norte, entregando todo o esplendor do musical, mas se alongando desnecessariamente porque o projeto poderia ser um filme só, mas, aí, não atenderia às demandas de Hollywood.