Pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT) afirmou, neste sábado (23), que União Brasil, PSD e PSDB pediram para que ele aguardasse para definir o (a) candidato (a) à vice-presidência da chapa dele. Os partidos podem estar interessados em uma aliança. No entanto, Ciro vê como pequena a chance de o nome do candidato à vice sair de um desses partidos.
“Nós somos uma candidatura atípica, a única que confronta o sistema, que quer mudar o modelo econômico com clareza e que quer mudar o modelo de governança política. (…) O que eu preciso fazer? Aquilo que eu estou fazendo. Diálogo. Há uma eleição pra ganhar e um Brasil pra governar. Por isso estou com paciência. Há dois grandes partidos que pedem pra que a gente não feche ainda porque eles estão falando internamente e agora surgiu um terceiro: União Brasil, PSD e PSDB. Não sei qual é a possibilidade, acredito que pequena, mas é dever meu, paciente e humilde, esperar”, declarou Ciro.
A declaração foi dada durante o evento de homologação da candidatura de Rodrigo Neves (PDT) ao governo do Rio de Janeiro. A convenção aconteceu no clube municipal da Tijuca, na Zona Norte da capital fluminense.
Durante coletiva de imprensa, Ciro foi questionado sobre um possível apoio do correligionário Rodrigo Neves a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu concorrente na disputa ao Palácio do Planalto. Neves já se manifestou publicamente elogiando o petista. Ciro respondeu que vê com naturalidade essa possibilidade e que o apoio a Rodrigo Neves é incondicional.
O PDT homologou, na última quarta-feira (20), por unanimidade a candidatura do ex-ministro à Presidência. Ciro foi o primeiro pré-candidato ao Palácio do Planalto a ter a candidatura oficializada pelo partido. Ele disputará as eleições presidenciais pela quarta vez. Nas outras três (1998, 2002 e 2018), não conseguiu chegar ao segundo turno.