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Política Clã Bolsonaro e ataques ao PT marcam evento em Minas Gerais

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Ex-presidente visitou a cidade na Região Metropolitana de Belo Horizonte para apoiar o candidato Júnio Amaral (PL). (Foto: Reprodução/Instagram)

O ex-presidente Jair Bolsonaro aproveitou a visita a Belo Horizonte (MG) para participar de um ato de campanha de Junio Amaral, candidato do PL à prefeitura de Contagem, na Região Metropolitana, na tarde de quinta-feira (5). Ele chegou à praça São Gonçalo, no centro da cidade, em pé na caçamba de uma picape, em carreata, acompanhado da mulher, Michelle, e de políticos populares do PL em Minas: os deputados Nikolas Ferreira e Cristiano Caporezzo, além do candidato à prefeitura da capital Bruno Engler. O filho Flávio, senador pelo PL, já os aguardava no local.

Os membros do clã Bolsonaro, o deputado Nikolas Ferreira e o candidato Junio Amaral discursaram para um grupo de apoiadores. O local estava cheio, mas não lotado: uma multidão se formou perto do palanque, porém, na parte superior da escadaria, próxima à Igreja Matriz de Contagem, havia muitos espaços vazios. Todos eles fizeram críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT, partido de Marília Campos, maior adversária do postulante do PL na corrida eleitoral em Contagem.

Cabe destacar que Marília Campos lidera as intenções de votos no município. Pesquisas mostram que a petista pode vencer o pleito ainda no primeiro turno. Para trás na corrida eleitoral, a comitiva do PL partiu para a ofensiva contra o PT.

Ideologia de gênero 

A primeira a discursar foi Michelle Bolsonaro, que falou em ideologia de gênero. “A ideologia do mal entrou nas escolas e nas universidades”, disse, citando o governo do PT. Além disso, a ex-primeira-dama falou em Deus e questionou a laicidade do Estado: “Disseram que não tínhamos que misturar política e religião, mas, antes de sermos cristãos, somos cidadãos”.

Bruno Engler assumiu o microfone em seguida e foi logo disparando contra o partido adversário: “O PT é uma facção criminosa”, afirmou. Além disso, contrariando o que havia dito no último debate, transmitido pela Rede Minas na última terça-feira (3), quando prometeu diálogo, o candidato adotou um tom mais duro contra a candidata à prefeitura de Contagem. Ele questionou: “Me perguntaram: como você vai fazer para conversar com a Marília? Mas quem falou que a Marília é quem vai ganhar?”.

Depois, Nikolas Ferreira convocou o público a se manifestar contra o presidente da República: “Quem quer o Lula na cadeia, dá um grito aí”. Posteriormente, usou a trajetória militar do candidato do PL em Contagem, para prever uma virada eleitoral e, de quebra, atacar a adversária. “Junio é policial e com marginal ele está acostumado a lidar”, declarou.

Flávio Bolsonaro, que já havia feito um breve pronunciamento antes da chegada da comitiva, voltou a discursar na sequência. Ele disse que o governo atual, do presidente Lula, promove uma perseguição política, em conjunto com o Supremo Tribunal Federal. “É uma ditadura, ainda mais vindo de quem está vindo”, alegou. Ele citou o bloqueio ao X, determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, e incentivou os apoiadores a postar na rede social. Uma curiosidade é que o filho do ex-presidente ficou em dúvida ao citar a vice na chapa de Junio Amaral, Flávia Faulstich (Novo). “Junto com a Flávia; Flávia?”, confirmou antes de prosseguir o discurso.

O penúltimo a assumir o microfone foi Junio Amaral. Antes de discursar, ele apresentou os dois filhos, ainda crianças, e a mulher, grávida, ao público. Por coincidência, a cônjuge do candidato tem o mesmo nome da adversária do PT na corrida eleitoral: Marília Feliciano Amaral. O candidato se referiu a ela como “a Marília do bem”.

Durante o pronunciamento, Junio Amaral não mediu palavras. Ele citou os escândalos do Mensalão, do Petrolão e as delações da Odebrecht. Além disso, tal qual Michelle Bolsonaro, falou em ideologia de gênero. “No dia 8 de março, foi colocado um travesti dentro da sala de aula”, acusou. E continuou, dizendo que a prefeita do PT “estimula um programa de colocação de DIU em adolescentes de 14 anos” e “levar estudantes para dentro do MST.”

O último a se pronunciar foi Jair Bolsonaro. O ex-presidente também subiu o tom contra o partido adversário. “Onde tem PT, tem desgraça, tem fome, tem miséria, tem baixo IDH”, disse. E citou a Região Nordeste do país, que tradicionalmente vota na esquerda, para avalizar a própria tese: “Por que o Nordeste não é a melhor região do Brasil, já que o PT domina aquela região?”.

Além disso, Bolsonaro foi mais um que falou em ideologia de gênero. “Onde surgiu a ideologia de gênero? Surgiu em 2009, com um decreto do presidente Lula. Esse decreto tem 180 itens para destruir a família. Quem vota no PT, odeia a família brasileira”, afirmou. Por fim, citou tentativa de assassinato que sofreu seis anos atrás, em Juiz de Fora, na Zona da Mata:

“Quem me esfaqueou há seis anos? Um afiliado do PSOL, partido satélite do PT”, concluiu. O evento terminou com gritos de “mito”, “eu vim de graça” e com um buzinaço.

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